TSE afirma que urnas são seguras e uso é transparente
Equipamentos são usados no Brasil desde as eleições de 1996
09/11/20 - 10:26
Todo ano de eleição é a mesma coisa: dúvidas e questionamentos sobre a segurança e a utilização das urnas eletrônicas pela Justiça Eleitoral nas eleições.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2018 grupos políticos e eleitores criaram dúvidas e suspeitas sobre o sistema utilizado e a legitimidade dos resultados e, por conta disso, o órgão eleitoral reforçou que todas as medidas adotadas são transparentes e podem ser acompanhadas pelos partidos e outras instituições.
Desde as eleições municipais de 1996, as urnas eletrônicas são utilizadas no Brasil. Segundo o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino, a iniciativa de aplicar os equipamentos veio das falhas da coleta e apuração humanas.
“Tínhamos muita intervenção humana e, com isso, três características: Lentidão, prática de erros e possibilidade de fraude pela manipulação da informação. Houve possibilidade de se transformar um processo que era lento e cheio de erros e fraudes em um processo célere, com garantia de integridade e proteção, com rastreabilidade que está ligado à transparência”, explicou o secretário.
Nos Estados Unidos, por exemplo, os votos são feitos a partir das cédulas que podem ser enviadas pelos Correios ou nos colégios eleitorais. As apurações demoram para acontecer, já que é preciso contar todos os votos, como foi observado mais uma vez neste ano.
No Brasil, com as urnas eletrônicas, os resultados saem em algumas horas após o término das eleições. Em alguns estados e municípios, dependendo do tamanho, a população conhece prefeito e vereadores em pouco tempo após o encerramento do pleito.
”A partir do início do seu emprego o sistema foi sendo aperfeiçoado e foram inseridas novas funcionalidades. Ele considera que o projeto garante segurança e transparência”, destacou Giuseppe.
As tecnologias usadas pelas urnas eletrônicas são desenvolvidas pelo TSE e, seis meses antes da eleição, partidos políticos, Ministério Público, Polícia Federal e etc podem se habilitar para verificar a metodologia utilizada. Quando o processo é concluído, esses programas são blindados e geram um código que garante a integridade da urna.
“Em cada um deles é feito um código matemático e isso gera um dígito verificador. Isso garante integridade. Fazemos um conjunto de assinaturas em cima desses programas que vão desde o chefe da unidade, coordenador, secretário de tecnologia e autoridades como o presidente do TSE, PGR [Procuradoria-Geral da União], presidente da OAB [Ordem dos Advogados do Brasil], que fazem a última camada de assinaturas”, disse.
A partir disso, os tribunais regionais eleitorais recebem uma cópia e outra fica no cofre do TSE. Quando o programa é colocado nas urnas, elas fazem a leitura e conferem as assinaturas e começa a funcionar.
“Este fato de subtrair uma urna não preocupa, ela tem todo um esquema de proteção porque ela não vai funcionar e não vai gerar dado que não será oficial. Existem vários pontos de segurança e verificação que garantem a integridade do processo”, frisou Giuseppe.
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