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Trabalhadores protestam contra demolição dos quiosques na Praia das Conchas, em Cabo Frio

Objetivo é adiar a retirada das estruturas para depois da alta temporada; acordo foi discutido em reunião nesta quinta

Por Vinícius Pereira
17/11/22 - 12:46 | Atualizada em 17/11/22 - 15:41
Trabalhadores protestam contra demolição dos quiosques na Praia das Conchas, em Cabo Frio Manifestantes foram até local onde reunião acontece, nesta quinta | Foto: Reprodução/Redes Sociais

Os trabalhadores dos quiosques da Praia das Conchas, em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, fizeram uma manifestação pacífica nesta quinta-feira, dia 17, na orla da Praia do Peró, contra a demolição dos quiosques e da Cabana do Pescador, muito conhecida como a ‘Casa do Tufão’.

Os comerciantes carregavam faixas e gritavam: “queremos trabalhar”.

Eles alegaram que a retirada dos quiosques poderia afetar diretamente os contratos de trabalho na região, principalmente no período da alta temporada, que está prestes a começar.

Em uma das faixas, o apelo é específico para a Prefeitura de Cabo Frio, direcionado para o prefeito José Bonifácio:

"Prefeito, esteja do nosso lado hoje", escreveram os manifestantes. Cerca de 120 famílias podem ser afetadas com a decisão.

Depois do protesto, os quiosqueiros seguiram para a reunião, marcada para discutir a ordem de demolição.

Praia das Conchas é uma das mais procuradas de Cabo Frio Praia das Conchas é uma das mais procuradas de Cabo Frio | Foto: Carlos Henrique Ferreira

Reunião entre quiosqueiros e autoridades

A demolição dos sete quiosques na Praia das Conchas foi tratada na reunião que aconteceu na manhã desta quinta-feira, 17, em um hotel na Praia do Peró.

O encontro teve a participação de comerciantes, representantes da Associação de Hotéis, do advogado dos quiosqueiros, além de representantes da administração do município.

Autoridades participam da reunião Autoridades participam da reunião | Foto: Divulgação / Aya Comunicação Criativa

Durante a reunião, o presidente da Associação de Hotéis de Cabo Frio (AHCF), Carlos Cunha, disse ser contra a decisão de demolir os sete quiosques durante a alta temporada, incluindo a ‘Cabana do Pescador’, que fica na junção com a Praia do Peró.

“Na verdade, temos dois grandes problemas: o primeiro deles é o tombamento da Cabana do Pescador. A gente entende que ela é um patrimônio histórico, cultural e turístico que não podemos perder, que existe desde a década de 40. Com relação a isso, existe um projeto de tombamento tramitando na Alerj, de autoria do deputado Gustavo Tutuca, que nesta quinta-feira, dia 17, entrou com pedido de urgência na votação".

Sendo aprovado, ele terá três dias para tramitar nas três comissões internas e, no máximo, até o início de dezembro é possível que esse tombamento já tenha acontecido.

Os quiosqueiros disseram que já se prepararam para o verão e, inclusive, compraram insumos para o período. Eles também contrataram funcionários temporários para suprir a demanda.

No encontro, o advogado Carlos André Teles, que faz a defesa da Associação dos Comerciantes da Praia das Conchas, informou que durante a baixa temporada cada quiosque gera renda para cerca de 10 famílias. No verão, esse número sobe para 30.

“Em 1987, a Capitania dos Portos, naquela época responsável pelo patrimônio da União, autorizou a construção de todos aqueles quiosques. Temos esse documento anexado em todos os processos. Com o tempo, o município também passou a cobrar taxa de uso do solo, legitimando ainda mais essa posse. Em 2007 a Secretaria de Patrimônio da União resolveu notificar os quiosqueiros para uma defesa administrativa e em 2011, a Advocacia Geral da União (AGU) deflagrou um processo contra os 17 quiosques que existiam. Entendo que tudo isso aconteceu devido à falta de interesse dos governos que passaram por Cabo Frio ao longo dos últimos anos”, considerou o advogado.

O prefeito José Bonifácio se mostrou contrário à demolição e sinalizou que não vai fazer a primeira, marcada para ser feita nesta sexta-feira, dia 18. O prefeito alega falta de estrutura.

“Posso receber multa ou até ser preso, mas não tenho efetivo técnico disponível para realizar a demolição de alguns estabelecimentos que foram notificados”, disse.

Ele também revelou que tentou argumentar com o procurador da República, Bruno de Almeida Ferraz, “mas ele se mostrou de uma insensibilidade impressionante”.

O assunto ganhou destaque após o Ministério Público Federal divulgar no último dia 9, o prazo de 45 dias para a Prefeitura de Cabo Frio demolir as estruturas (a partir do recebimento de uma notificação).

A ação cumpre decisão da Justiça Federal, que alega ocupação irregular dentro de terreno da Marinha e em área de preservação ambiental.

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