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Suspeitos de terem pichado suásticas na Capela de São Pedro da Serra negam envolvimento

Dois homens que estariam entre os suspeitos divulgaram um vídeo em que rechaçam a participação no crime

Por Bernardo Fonseca
19/10/18 - 11:23

Dois homens que estariam entre os suspeitos, de acordo com a Polícia Civil, de terem pichado suásticas nazistas na faixada da Capela de São Pedro da Serra, em Nova Friburgo, divulgaram um vídeo na tarde de quinta-feira, 18, nas redes sociais, em que afirmam estar colaborando com a investigação da polícia, mas negam envolvimento na pichação ocorrida no último domingo, dia 14 de outubro.

No vídeo, um dos rapazes lê uma nota de esclarecimento, onde reconhece ter sido autor, juntamente com outros dois rapazes, de dizeres em muros e calçadas da localidade com termos como #elenao. Segundo o homem, os inscritos seriam rabiscos e teriam sido feitos com folhas, em um momento em que ambos estariam sob efeito de álcool.

“Tivemos, sim, participação nos rabiscos feitos com folhas nos muros de moradores e comerciantes na madrugada do dia 6/10 para o dia 7/10. Ações das quais vínhamos pensando em nos redimir durante uma semana. Uma vez que, quando os muros foram rabiscados, agimos inconscientemente sob o efeito de álcool”, afirmou o homem que lê a nota.

Inscritos com dizeres como #ELENÃO teriam sido feitos pelos três suspeitos.Inscritos com dizeres como #ELENÃO teriam sido feitos pelos três suspeitos. | Foto: Reprodução/Redes Sociais

Segundo eles, “não há vídeo das câmeras de segurança da igreja com imagens que apontem conclusivamente para os culpados”. Ainda de acordo com os dizeres, as pichações de suásticas na capela teriam sido feitas com o uso de tinta spray azul e, não, com o uso de folhas, como no caso dos dizeres políticos, que teriam sido realizados na madrugada do primeiro turno da eleição. Portanto, uma semana antes do ato de vandalismo na igreja católica.

No vídeo, ambos ainda afirmam que colaboraram com os policiais, ao permitirem a entrada dos agentes em suas residências sem que os mesmos tivessem mandado de busca e apreensão. "Os policiais não encontraram em nossas casas, nenhum indício que nos ligasse à pichação da Igreja. (...) Nenhuma lata de tinta spray", complementou.

Os dois ainda pedem a colaboração da sociedade para que os culpados pelas pichações sejam encontrados, e que seja divulgado o vídeo, da mesma câmera de segurança que mostrou os suspeitos realizando os inscritos em calçadas e paredes da localidade, que teria registrado ambos em um local conhecido como Largo do Estrela. Segundo eles, as imagens mostrariam que na madrugada do dia 14 de outubro, eles deixaram o lugar na direção contrária à igreja, rumo as suas residências, o que evidenciaria o não envolvimento deles na pichação das suásticas.

Capela de São Pedro da Serra foi pichada no último domingo, dia 14 de outubro.Capela de São Pedro da Serra foi pichada no último domingo, dia 14 de outubro. | Foto: Reprodução/Redes Sociais

O que diz a Polícia Civil

Segundo nota da Polícia Civil enviada à reportagem do Portal Multiplix, os agentes da 151ª DP encontraram câmeras de segurança que registraram imagens de três pessoas, pichando calçadas e muros com dizeres políticos, como “#ELENÃO”, “BOLSONARO CUZÃO” e “ELE JAMAIS”.

Ainda de acordo com a polícia, todos os suspeitos foram identificados e, na ocasião, dois deles, de 29 e 34 anos, foram conduzidos e ouvidos. O terceiro suspeito, de 24 anos, não teria sido localizado. Segundo a nota, o crime teria tido motivação política, após um padre ter se manifestado a favor do candidato à Presidência, Jair Bolsonaro.

As investigações apuram crime de preconceito e seguem em andamento. O terceiro suspeito teria se apresentado posteriormente acompanhado do advogado.

Um dos envolvidos também teria sido autuado por uso de drogas, pois foi localizada pequena quantidade de maconha em sua residência.

Em outra nota enviada ao Portal sobre a identificação dos suspeitos de picharem suásticas na Capela de São Pedro da Serra, a Polícia Civil confirmou que “os três são apontados como autores e não há informações - até agora - do envolvimento de outras pessoas no crime”.


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