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Ex-prefeito de Bom Jardim é preso em operação da Polícia Federal no Rio de Janeiro

Affonso Monnerat exercia o cargo de secretário de governo de Luiz Fernando Pezão

Por Matheus Oliveira
08/11/18 - 11:31
Ex-prefeito de Bom Jardim é preso em operação da Polícia Federal no Rio de Janeiro Operação Furna da Onça atingiu pessoas do entorno do Governador do Rio de Janeiro. | Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta quinta-feira, dia 8 de novembro, mandados de prisão de 22 pessoas, entre eles, 10 deputados estaduais, ao deflagrarem a Operação Furna da Onça. Entre os presos, está Affonso Monnerat (MDB), 57 anos, ex-prefeito de Bom Jardim e atual secretário de governo de Luiz Fernando Pezão.

Affonso Monnerat foi chefe de gabinete de Paulo Mello (outro alvo da operação deflagrada nesta manhã e já preso em Bangu) entre 1995 até 2005, quando foi eleito prefeito da cidade de Bom Jardim, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Foi reeleito em 2008, com quase 80% dos votos.

Em 2011, após a tragédia que atingiu diversas cidades da Região Serrana, ele se tornou Subsecretário da Região Serrana, coordenando diversas ações nos locais afetados. Em 2012, se tornou chefe de gabinete da Secretaria de Governo, sendo o responsável por ser o interlocutor do governo com prefeituras, Alerj e outras secretarias do Executivo estadual.

A Operação Furna da Onça, teve seus mandados de prisão assinados por cinco desembargadores 1ª Seção Especializada do TRF-2, aprovadas em sessão secreta realizada no dia 25 de outubro.

Segundo as investigações, os parlamentares cobravam propinas que variavam entre R$20 mil a R$100 mil e cargos para poder votar projetos a favor dos interesses do ex-governador Sergio Cabral (MDB) e ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani (MDB). Essa propina resultava em sobrepreço em contratos estaduais e federais.

Em nota, a assessoria da Alerj informou que o "Presidente em exercício da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado André Ceciliano (PT) afirmou nesta quinta-feira (08/11) que, mesmo com a prisão de sete deputados estaduais determinada pelo Tribunal Regional Federal da segunda regiçao (TRF-2), a Casa continuará trabalhando para votar projetos essenciais ao Estado do Rio. "Nós vamos seguir. O Estado tem muitos problemas e um déficit previsto para o ano que vem de R$ 8 bilhões. Temos que aprovar a prorrogação do Fundo de Combate à Pobreza, que são mais R$ 5 bilhões ao caixa estadual. Se não aprovarmos, o déficit passa para R$ 13 bilhões. O que temos que fazer é trabalhar", destacou.

Sobre a decisão do TRF-2 de não submeter a manutenção da prisão à Alerj, André Ceciliano garantiu que a medida será respeitada. "Decisão judicial se cumpre. Esperamos que o Ministério Público possa dar sequência às investigações, garantindo sempre o direito à ampla defesa dos investigados", destacou.

Mesmo com uma extensa pauta de votações prevista até o fim do ano, que inclui análise de vetos, a Lei Orçamentária de 2019 e a prorrogação do Fundo Estadual de Combate à Pobreza e do estado de Calamidade Pública nas finanças, Ceciliano acredita que a Casa conseguirá cumprir com seu papel e contribuir com o Estado. "Há um sentimento de todos os parlamentares, independente de ser oposição ou situação, de que o Rio está numa situação muito difícil, que a crise não passou e que precisamos votar essas questões que são fundamentais", explicou.

O nome da Operação remete a uma pequena sala nos fundos da sede do Legislativo fluminense, onde os deputados se reuniam para ter conversas reservadas e combinarem os acertos por propina.

Além de Affonso, os parlamentares presos na operação desta quinta são:

  • André Correa (DEM), deputado estadual e ex-secretário estadual de Meio Ambiente, preso na Barra;

  • Chiquinho da Mangueira (PSC), deputado estadual reeleito, preso na Barra;

  • Coronel Jairo (MDB), deputado estadual não reeleito;

  • Edson Albertassi (MDB), deputado afastado - já preso em Bangu;

  • Jorge Picciani (MDB), deputado afastado - já em prisão domiciliar;

  • Leonardo Jacob, presidente do Detran;

  • Luiz Martins (PDT), deputado estadual reeleito;

  • Marcelo Simão (PP), deputado estadual não reeleito;

  • Marcos Abrahão (Avante), deputado estadual reeleito;

  • Marcus Vinícius Neskau (PTB), deputado estadual reeleito;

  • Paulo Melo (MDB), deputado afastado - já preso em Bangu;

  • Vinícius Farah (MDB), ex-presidente do Detran, eleito deputado federal;


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