Mais Médicos: Dois profissionais brasileiros começaram a trabalhar em Teresópolis
Até o dia 14 de dezembro, mais três médicos devem começar a atuar no município substituindo cubanos que saíram do programa
05/12/18 - 14:35
Dois médicos brasileiros já começaram a atuar desde a última terça-feira, dia 4 de dezembro, na rede municipal de saúde de Teresópolis, pelo Programa Mais Médicos, do Ministério da Saúde, substituindo a saída dos quatro médicos cubanos que atuavam no município.
Os profissionais brasileiros começaram a atender na Unidade Móvel localizada no Parque Residencial Ermitage e na Unidade de Fonte Santa. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, ao todo, foram contratados cinco profissionais para a cidade. Os outros três devem começar a trabalhar até o dia 14 de dezembro.
Entre as vagas para os municípios da serra fluminense, 13 são para Nova Friburgo (que contava com 11 profissionais de Cuba), cinco de Teresópolis (a cidade possuía quatro médicos da ilha da América Central) e uma vaga para Petrópolis.
Entenda os Mais Médicos
O Programa Mais Médicos (PMM) é parte de uma ação do Governo Federal, com apoio de estados e municípios, para a melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Além de levar mais médicos para regiões onde há escassez ou ausência desses profissionais, o programa prevê, ainda, mais investimentos para construção, reforma e ampliação de Unidades Básicas de Saúde (UBS), além de novas vagas de graduação e residência médica para qualificar a formação desses profissionais.
Assim, o programa busca resolver a questão emergencial do atendimento básico ao cidadão, mas também cria condições para continuar a garantir um atendimento qualificado no futuro para aqueles que acessam cotidianamente o SUS.
Em novembro, o governo de Cuba retirou os seus profissionais de saúde do acordo de cooperação técnica com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que permitia que médicos cubanos trabalhassem no Brasil através do programa Mais Médicos.
O comando da ilha caribenha alegou como motivo para retirar seus profissionais do programa, o fato de Bolsonaro ter feito "referências diretas, depreciativas e ameaçadoras à presença de nossos médicos", além de "declarar e reiterar que modificará termos e condições do Programa Mais Médicos, com desrespeito à Organização Pan-Americana da Saúde e ao conveniado por ela com Cuba, ao pôr em dúvida a preparação de nossos médicos e condicionar sua permanência no programa à revalidação do título e [ter] como única via a contratação individual”.
Já o presidente eleito do Brasil afirmou que Cuba se retirou do programa “por não aceitar rever esta situação absurda que viola direitos humanos”.
“Atualmente, Cuba fica com a maior parte do salário dos médicos cubanos e restringe a liberdade desses profissionais e de seus familiares. Eles estão se retirando do Mais Médicos por não aceitarem rever esta situação absurda que viola direitos humanos. Lamentável”, escreveu em suas redes sociais.