Fiocruz tem previsão de entregar 3,8 milhões de doses da vacina da Covid-19 em março

A Fiocruz anunciou o início da produção em larga escala da vacina contra a Covid-19. A estimativa é que sejam entregues, ainda no mês de março, 3,8 milhões de doses do imunizante da Oxford/AstraZeneca.

Na segunda-feira, 8 de março, uma reunião, com a presença do Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, aconteceu na sede da Fiocruz, para o anúncio do início da produção das vacinas. Além disso, também estiveram no encontro o governador do Piauí e representante do Fórum Nacional de Governadores, Wellington Dias, e o Secretário de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Chaves.

Durante o encontro, representantes da Fiocruz também informaram sobre o funcionamento da produção e os esforços que vem sendo envidados para a importação de vacinas prontas e junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a aceleração de entrega dos lotes produzidos, resguardadas as condições de segurança da vacina.

Segundo a Fiocruz, a primeira linha em funcionamento hoje está produzindo cerca de 300 mil doses por dia. Ainda esta semana, caso a produção ocorra dentro do previsto, uma segunda linha de produção deverá entrar em operação para aumentar a capacidade produtiva. A expectativa é chegar até o final de março com as duas linhas em funcionamento, com produção de cerca de um milhão de doses por dia.

A Fiocruz ainda informou que a produção dos lotes de validação, etapa necessária para garantia do controle de qualidade e eficácia da vacina, teve que ser interrompida, devido a uma falha em um dos equipamentos da linha de envase.

Com isso, o problema impactou o cronograma de entregas para março. Porém, a questão já foi superada.

A previsão é de que em abril o ritmo de produção seja retomado e a estimativa de entrega passe a cerca de 30 milhões de doses.

Vacina produzida não é vacina liberada

A Fiocruz divulgou que cada lote de vacinas produzido ainda precisa passar por testes de controle de qualidade, que verificam a estabilidade e a esterilidade das vacinas. Esse é um processo comum para produção de qualquer vacina, levando, em média, de 15 a 20 dias.

Por isso, as vacinas que forem produzidas esta semana vão ser liberadas em até 20 dias, a depender da conclusão desses testes, e assim, sucessivamente.

Com isso, a fundação explicou que, até 31 de março, só vão poder ser consideradas aptas para entrega ao Plano Nacional de Imunização (PNI) a produção realizada, no mínimo, 15 dias antes.

Todas as demais doses produzidas em março só vão poder ser entregues no mês seguinte. Em abril, já vai haver um fluxo contínuo de produção e entregas semanais das doses produzidas duas semanas antes.

A Anvisa ainda precisa liberar os lotes ao PNI, mas, de acordo com a Fiocruz, isso não tem relação com o pedido de registro, cuja documentação já seguiu na segunda-feira, 8.

“Trata-se de um procedimento padrão na produção de vacinas. Todas as vacinas, antes de serem entregues ao PNI, passam por liberação de documentação na Anvisa”, destacou em nota a Fiocruz.

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