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Estudo diz que 3ª onda da Covid pode resultar em mais de 750 mil mortes no Brasil até o fim de agosto

Cenário se baseia na lentidão da vacinação, somada com a falta de isolamento social; números podem ser atingidos independente da queda de óbitos nos últimos dias

Por Redação Multiplix
18/05/21 - 15:54
Estudo diz que 3ª onda da Covid pode resultar em mais de 750 mil mortes no Brasil até o fim de agosto Falta de isolamento social está entre as razões que podem provocar uma nova onda de Covid-19 | Foto: Reprodução/Portal Multiplix

Dados do consórcio de veículos de imprensa confirmam que o Brasil já perdeu 436.826 vidas em consequência do novo coronavírus. A média móvel de óbitos teve uma queda acentuada de 19%, o que representa que 18 dos 27 estados da federação tiveram diminuições do índice. No entanto, especialistas alertam que ainda não é hora de relaxar e que é necessário redobrar alguns cuidados para que uma terceira onda não devaste, ainda mais, o país.

As projeções feitas por pesquisadores norte-americanos e brasileiros mostram que um novo cenário de infecções pode aumentar o número de mortes e que tudo vai depender da vacinação que, apesar de já representar considerável diminuição nos óbitos e internações, ainda está longe de oferecer segurança.

Professora da UFES e doutora pela Univesidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, Ethel Maciel afirma que “temos que vacinar 1,5 milhão de pessoas ao dia, idealmente 2 milhões. E ter cautela na flexibilização das medidas de isolamento”.

Para o Instituto de Métricas de Saúde e Avaliação da Universidade de Washington, nos EUA, se não houver avanço na vacinação, o país poderá chegar à marca de 751 mil mortes por Covid-19 até 27 de agosto. Segundo especialistas da universidade americana, “o aumento de mortes é esperado mesmo com a redução nas internações em UTIs e na média diária de óbitos, em comparação com abril, devido à previsão de aumento nas infecções e redução no uso de máscaras e distanciamento social".

Cláudio Struchiner, médico e professor de Matemática Aplicada da FGV, pondera que instituições brasileiras evitam realizar projeções de longo prazo como as apresentadas pela Universidade de Washington por conta das incertezas do cenário da pandemia no Brasil. Importante frisar que os dados do Instituto de Métricas são usados em avaliações da pandemia pela Casa Branca e pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço latino-americano da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Primordial para evitar uma terceira onda devastadora no país é a aceleração na vacinação. Segundo painel da Universidade de Oxford, o Brasil atingiu média diária de aplicação de 1,1 milhão de doses em 13 de abril, mas a quantidade foi caindo ao longo do mês e chegou a 429 mil doses no último dia 12 de maio. O país tem hoje cerca de 70 mil novos casos diários da doença, patamar considerado alto pelos especialistas, e apenas 9% de brasileiros vacinados com a segunda dose.

Outras projeções, como as da Rede Análise Covid-19, que conta com uma equipe multidisciplinar de pesquisadores pelo Brasil e da plataforma de dados da USP e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) também merecem atenção. A Rede Análise alerta que o país apresenta tendência a picos de casos da doença, como os registrados em julho de 2020 e início de 2021. Ao pico segue-se uma queda, estabilização e, em seguida, novo aumento. Os dados atuais mostram justamente que o país está, no momento, às vésperas de um novo aumento de casos.

Já os dados da USP e da UFSCar projetam que o total de casos no país deve passar de, aproximadamente, 15,4 milhões em 14 de maio para 16,1 no dia 23 de maio, também cravando curva ascendente.

Leonardo Bastos, estatístico da Fiocruz, avalia que o país reúne as condições necessárias para uma nova onda da doença, devido à combinação perigosa: alto patamar de infecções e hospitalizações, número alto de cidadãos que não contraíram a doença (e, portanto, não produziram anticorpos contra a infecção), ritmo lento da vacina, redução no uso de máscaras e abertura acelerada nos estados que haviam intensificado medidas de distanciamento. Ele alerta também para a chegada de novas variantes, como a indiana, e o surgimento de cepas que possam reinfectar vacinados.

Segundo pesquisa do Datafolha, o nível de isolamento social dos brasileiros é alarmante, pois chegou ao patamar mais baixo desde o começo da pandemia da Covid-19. Dados foram divulgados nesta segunda-feira, 17, e o estudo apontou que apenas três em cada dez brasileiros adultos, ou seja, 30%, estão totalmente isolados ou saem de casa somente para tarefas essenciais.

O isolamento no país teve seu maior índice no início de abril de 2020, com 72%. Em março deste ano a taxa era de 49%. Além disso, a nova pesquisa apontou que 7% dos entrevistados afirmam viver normalmente, sem alterações na rotina devido à pandemia.

Dos 30% que afirmam respeitar as regras de isolamento, 2% dizem não sair de casa sob hipótese alguma. Em março deste ano essa taxa era de 8%, e em abril do ano passado chegou a 18%.

O Datafolha apontou ainda que 63% dos que dizem sair de casa para trabalhar e fazer outras atividades afirmam tomar os cuidados necessários. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

Fonte: Agência O Globo


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