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Devo ficar em casa na Região Serrana? Médica infectologista tira dúvidas sobre o coronavírus

Avanço do covid-19 está deixando o mundo em alerta; veja perguntas e respostas sobre o assunto

Por Isadora Jaron
17/03/20 - 11:16
Devo ficar em casa na Região Serrana? Médica infectologista tira dúvidas sobre o coronavírus Segundo o Ministério da Saúde, ainda não existe tratamento contra o coronavírus | Foto: Banco de Imagem

O Brasil já tem 234 confirmados de coronavírus, até a manhã desta terça-feira, 17. Em todo o mundo, são mais de 170 mil casos do covid-19, em 155 países e territórios. A doença é conhecida desde 1960 e é de uma grande família que causa infecções respiratórias e pode provocar outras doenças como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars).

O novo coronavírus recebeu o nome de covid-19, pela descoberta no final do ano passado, com os diversos casos na China. A transmissão ocorre através das vias respiratórias, por gotículas que vem de espirros e da fala de quem está infectado.

Quando o vírus chega a mucosa, como olhos nariz e boca, o contato físico de abraços, apertos de mão e beijos, pode transmitir a doença. Assim como através de superfícies que estão contaminadas, como maçanetas, corrimão, assentos de ônibus e outros lugares.

Por isso é importante lavar bem as mãos com água e sabão e evitar o contágio. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o vírus permanece nas superfícies por algumas horas ou dias e lavar as mãos retira o vírus da superfície.

“A prevenção protege o indivíduo e o próximo. Evita que a população mais vulnerável adoeça. Higienizar corretamente as mãos com água e sabão ou álcool gel é eficaz”, destacou a infectologista Patricia Lima.

Entre os sintomas provocados pelo coronavírus está a tosse seca e espirros constantes, cansaço e dores no corpo, inflamação na garganta e febre. Pessoas que entram em estágio mais grave e possuem outras doenças, também podem apresentar síndrome respiratória aguda e insuficiência renal.

Teresópolis e Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, ainda não registraram casos confirmados do covid-19. Mas será que isso significa que devemos ficar tranquilos e despreocupados em relação a infecção?

“Ainda não temos casos confirmados da doença na cidade, o que não significa que ainda não temos casos. Além disso, as medidas de prevenção coletivas mostraram-se mais eficazes antes do aumento dos casos no local onde são aplicadas”.

Segundo o Ministério da Saúde, não existe tratamento contra o coronavírus. Quem estiver com a doença recebe uma medicação apenas para que os sintomas sejam aliviados. O indicado é repousar e se hidratar.

“A recomendação das autoridades de saúde é que as pessoas fiquem em casa. O isolamento social nesse momento faz com que o pico da epidemia ocorra de forma lenta e gradual, sem que exceda a capacidade total do sistema de saúde, para que todos os pacientes graves possam ser atendidos de forma adequada. Se tais medidas de proteção individual e coletiva não forem tomadas há o risco de um crescimento rápido dos casos e pico de pessoas em estado grave ao mesmo tempo, impossibilitando o atendimento de todos”, destacou a infectologista.

Não há vacina contra a doença, mesmo com as diversas pesquisas realizadas por países como a China, EUA e Cuba. Jarbas Barbosa, diretor-adjunto da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), explicou que a expectativa é que a vacina fique pronta daqui a 12 a 18 meses e que um medicamento específico seja desenvolvido mais rapidamente.

Adultos com 60 anos ou mais e pessoas com doenças preexistentes estão no grupo de maior risco de ser infectado pelo covid-19, segundo divulgou a Sociedade Brasileira de Infectologia.

“Os grupos de risco são os idosos, especialmente os acima de 80 anos de idade ou aqueles com doenças cardíacas, diabetes descompensado, câncer e doenças pulmonares. Pessoas imunodeprimidas (por medicação ou doenças) também são consideradas grupos de risco”, explicou Patricia.

Porém, ainda não há informações suficientes sobre a transmissão da doença de grávidas para o feto. De todos os casos de coronavírus em gestantes, não há registro de bebês infectados. Além disso, o coronavírus não foi detectado no leite materno.

“Ainda não há relatos de transmissão materno fetal, mas as mães podem transmitir o vírus durante contato íntimo com o bebê, como nas secreções do parto ou durante aproximação na amamentação”, finalizou a infectologista.


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