Como manter a imunidade alta comendo besteiras no isolamento?
Especialistas alertam que momentos como esse geram angústia e excessos. E apontam que o segredo é o equilíbrio
01/04/20 - 09:00
A pandemia do novo coronavírus reforçou a importância de se manter a imunidade alta, inclusive mantendo uma alimentação saudável, segundo apontam os especialistas. Entretanto, em tempos de recolhimento, como segurar a vontade de comer, especialmente as chamadas “besteiras”? E por que temos tanta vontade de comer mais em isolamento social?
Para tentar compreender esta situação, ouvimos especialistas como a nutricionista friburguense Nicolly Fukuoka, que conta que o segredo para manter a imunidade alta e comer (poucas) besteiras ou alimentos mais calóricos, é evitar exageros e manter o equilíbrio.
“Comer duas besteiras durante a semana, não te faz mal. O problema é exagerar. Eu recomendo o equilíbrio sempre. Manter uma rotina de alimentação saudável, mas comer uma besteira de vez em quando”, relata.
Ela também deu algumas dicas para manter a imunidade alta como: boa noite de sono, praticar exercícios físicos e evitar bebidas alcoólicas em excesso.
Na alimentação, Nicolly ressalta alimentos que ajudam a manter a imunidade em dia.
“A vitamina C é importante para a imunidade e podemos comer frutas como limão, laranja, morango, etc. Além disso, temos o selênio, um mineral presente na castanha e que com três castanhas do Pará preenchemos o valor necessário de selênio para o organismo em um dia”, afirma.
A nutricionista explica ainda que um estudo realizado em Turim, na Itália, aponta a vitamina D como uma substância importante para evitar o contágio não só do coronavírus, mas de qualquer outro vírus, como o da gripe.
“A vitamina D está em alta pois ela ajuda na saúde mental e na regulação hormonal. Recomendo, quem puder, ficar entre 10 a 15 minutos no sol. Claro, em sua própria casa”, detalha.
Mas por que temos essa vontade louca de sair da dieta e comer mais besteiras em períodos de isolamento? A psicóloga de Nova Friburgo, Jéssica Torres, explica.
“Citando Freud, ‘todo excesso esconde uma falta’. O que vemos na parte clínica é que todos os excessos, por exemplo, a alimentar, ocorre para saciar uma angústia. É algo que não cessa e usado como válvula de escape”, explica.