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Casos de chikungunya na Região Serrana do Rio quadruplicam em 2018

Com a chegada do verão, cidades da região e de todo o estado estão em alerta para a possibilidade de epidemia de chikungunya e, também, de febre amarela

Por Sara Schuabb
13/12/18 - 16:32
Casos de chikungunya na Região Serrana do Rio quadruplicam em 2018 Foram registrados 91 casos de chikungunya em 2018 na Região Serrana contra 21 no mesmo período de 2017 | Foto: Banco de Imagem

De acordo com levantamento da Secretaria de Estado de Saúde, de janeiro até outubro deste ano, foram notificados cerca de 37 mil casos de chikungunya no estado, enquanto que, ao longo de 2017, no mesmo período, foram 4.425 ocorrências. Em relação à febre amarela, este ano, foram 268 casos da doença.

Na Região Serrana, até o dia 27 de novembro de 2018, os registros de casos de chikungunya quadruplicaram. Foram notificados 91 casos da doença, enquanto que, no mesmo período do ano passado foram 21, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde.

Região Serrana

Com o calor do verão, a população de mosquitos tende a aumentar e o aparecimento de casos de chikungunya também. Diante disso, a Fiocruz, vinculada ao Ministério da Saúde, fez um alerta para a possibilidade de uma epidemia da doença e para o aumento de casos de febre amarela no estado do Rio de Janeiro.

“Temos que preparar o estado para enfrentar esse cenário epidemiológico. É preciso debater o que já foi feito e o que falta fazer. No caso da chikungunya, por exemplo, temos que pensar em um centro de hidratação com analgesia, com leitos em hospitais para casos graves, em especial para casos pediátricos”, observa o pesquisador e infectologista da Fiocruz, Rivaldo Venâncio da Cunha, coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Instituição.

Ações de combate em Nova Friburgo

A subsecretária de vigilância em Saúde, Fabíola Penna, diz que o município vem adotando algumas medidas de prevenção de risco contra a epidemia de chikungunya na cidade, diante do número de casos que vêm aumentando. Uma delas é um projeto que visa a contratação de agentes de combate à endemia, que se encontra na Câmara Municipal para aprovação.

“Outra medida adotada é a capacitação das redes de saúde, de profissionais de assistência, como a presença, na semana passada, do médico infectologista da secretaria do Estado, que fez uma orientação para o manejo clínico da doença. Também reativamos o comitê de mobilização contra o Aedes aegypti, causador da dengue, zika e chikungunya, com participação da sociedade civil, para combater o vetor, assim como também a instalação da sala com assistência farmacêutica, laboratório, área hospitalar, para que a gente possa se organizar para um possível enfrentamento”, afirma.

O que é chikungunya?

Chikungunya significa "aqueles que se dobram" em swahili, um dos idiomas da Tanzânia. Refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada, na Tanzânia, localizada no leste da África, entre 1952 e 1953. De acordo com o Ministério da Saúde, a febre chikungunya é uma doença transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em 2014.

Qual é a diferença entre os sintomas do vírus zika, da dengue e da febre chikungunya?

Zika, dengue e febre chikungunya são transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti, mas os sintomas são diferentes. De acordo com o infectologista Rivaldo Venâncio, os sintomas principais da zika são vermelhidão e coceira no corpo, com uma sensação de pinicação e que, na maioria das vezes, não causa febre. Também pode causar conjuntivite sem secreção. Os sintomas da dengue são febre alta, geralmente acompanhada de muita dor de cabeça, com dores articulares, musculares e também dores nos olhos. Já a febre chikungunya, além de ser alta, a pessoa sente dores articulares intensas e, às vezes, geradas por um processo inflamatório, comprometendo atividades como sair da cama sozinho, tomar banho e fechar as mãos. Em casos dos sintomas descritos, a orientação do Ministério da Saúde é procurar pelo serviço de saúde mais próximo.

Como se prevenir?

A forma de prevenir e controlar o aumento destas doenças é acabando com a proliferação do mosquito. Para isso, é necessário eliminar os criadouros do Aedes aegypti, que põe seus ovos em recipientes com água parada. Sabendo disso, neste período de chuva, é importante que todos fiquem atentos com as garrafas, sacos plásticos, pneus velhos, piscinas, dentre outros recipientes sem tampas, que ficam expostos à chuva.


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