Brasil registra o maior número de mortes diárias desde o início da pandemia

Em Teresópolis, na Região Serrana do Rio, os números da Covid-19 assustam. De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura, na noite dessa quinta-feira, 25, são 84 pacientes internados pela doença, sendo 43 em leitos clínicos e 41 na UTI, com 16 entubados.

Os números também mostram que não há mais vaga em leitos UTI no município. São 5.185 casos ativos da doença e um total de 19.822 pessoas que já tiveram o novo coronavírus, desde o início da pandemia.

Nova Friburgo, também na serra fluminense, não divulga os casos ativos, mas os números dos boletins também chamam a atenção. Nessa segunda-feira, 23, por exemplo, eram 9.997 casos confirmados desde o início da pandemia. Já nessa quinta-feira, os números chegaram a 10.169, um aumento de 172 casos em quatro dias. Foram registrados seis óbitos nesse período, com um total de 303.

Segundo a prefeitura, Nova Friburgo tem 77 leitos clínicos e 42 de UTI, nos quatro hospitais do município. Os números mostram que 21 vagas na enfermaria e 23 de UTI estão ocupadas.

E esse aumento e os números alarmantes podem ser justificados devido às aglomerações que estão acontecendo desde o fim do ano passado. No Réveillon, muita comemoração, ruas cheias, festas clandestinas, pessoas sem máscaras, viagens, reuniões em casas de amigos e etc.

Após as festividades de ano novo, os dois municípios registraram mais uma aglomeração. Desta vez, no período de Carnaval. Em Teresópolis, muitas pessoas foram comemorar nas ruas da cidade, principalmente na Várzea.

Mesmo com o Carnaval cancelado no estado do Rio, por causa da Covid-19, o que se viu foi desrespeito.

Agora, na noite dessa quinta-feira, 25, mais desobediências e falta de empatia. Com a vitória do Flamengo, no Campeonato Brasileiro 2020, a comemoração aconteceu fora de casa, regada a muita música, bebidas alcoólicas e, novamente, aglomeração.

As principais avenidas do Centro de Teresópolis e Nova Friburgo, mais uma vez, cheias de pessoas, a maioria sem máscara, se abraçando, comemorando e não se importando com a Covid-19, como se a doença já tivesse acabado.

A consequência vem com o aumento do número de casos e óbitos e a falta de leitos clínicos e de UTI nos hospitais que estão recebendo os pacientes vítimas da doença, como mostram, também, os números do boletim Monitora Covid, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Nessa quinta-feira, 25, o Brasil registrou um novo recorde de mortes diárias em decorrência da Covid-19. Foram 1.582 óbitos em 24h, o maior número desde março de 2020. De acordo com a média móvel de sete dias medida, foram 1.148 óbitos, sendo esse o segundo dia consecutivo de recorde.

O boletim da Fiocruz ainda mostra que a média móvel de sete dias chegou a 51.405 casos registrados em 24 horas.

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