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Saiba por que os escorpiões estão aparecendo na área urbana de Nova Friburgo

Além do clima de calor e chuvas, desequilíbrio ambiental também pode atrair escorpiões

Por Sara Schuabb
11/12/18 - 17:24
Saiba por que os escorpiões estão aparecendo na área urbana de Nova Friburgo Escorpiões costumam entrar em residências à procura de comida, no caso as baratas | Foto: Banco de Imagem

O aparecimento de escorpiões em Nova Friburgo virou notícia nos últimos dias. Na cidade, de acordo com a Secretaria de Saúde, foram 12 notificações de acidentes envolvendo picadas de animal em 2018. Os casos ocorreram em Lumiar, Conquista, São Geraldo, Rio Bonito, Vargem Alta, Alto do Vieira e Perissê. Mas o aracnídeo também foi visto no Tingly, Cônego e Olaria.

Mas o que leva ao aparecimento desses animais em áreas urbanas, como nos bairros de Olaria e Perissê? Os escorpiões habitam diferentes ambientes, podem ser encontrados tanto em áreas desérticas como em florestas, e se adaptam facilmente em locais degradados de vegetação. Aliado a isso, o calor e as chuvas ajudam a fazer com que esses animais se movimentem. Com isso, eles acabam entrando nas casas à procura de alimento, especialmente baratas.

Em entrevista ao Portal Multiplix, a coordenadora do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas da FioCruz, Rosany Bochner, diz que os escorpiões costumam se abrigar em barrancos de terras, em locais sem saneamento que tenham sujeira, material de refúgio e lixo acumulado. Também aponta como causa de seu aparecimento no meio urbano o desequilíbrio ambiental, causado por desmatamentos.

“O que motiva esses escorpiões a saírem de seu habitat é a procura por alimentos. E o que tem feito eles aparecerem no ambiente urbano está relacionado ao desmatamento e a construções sem saneamento. Antes os problemas com escorpiões ocorriam apenas na área rural”, diz.

Para combater a proliferação de escorpiões, a coordenadora alerta que é preciso que a população mantenha o ambiente limpo. “Ainda que a Secretaria de Saúde faça campanhas, a limpeza é de responsabilidade do proprietário do imóvel, e nem sempre a prefeitura pode intervir. Manter o quintal limpo, sem lixo e baratas, é uma medida fundamental”, diz.

De acordo com a gestora de Projeto do Núcleo Estratégico de Venenos e Antivenenos do Instituto Butantan, de São Paulo, Dr.ª Fan Hui Wen, na Região Serrana do Rio de Janeiro, o mais comum é o escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) e o marrom (T. bahiensis). Ela alerta que, ao encontrar um escorpião, se não houver condições de coletá-lo com segurança, o melhor é matá-lo mecanicamente, com pauladas. Se houver uma picada, a pessoa deve lavar o local com água e sabão e ir o mais rápido possível a um serviço médico.

Não há infestação ou situação de gravidade

Segundo a subsecretária de Vigilância em Saúde de Nova Friburgo, Fabíola Penna, este ano, até agora, foram menos ocorrências de picadas por escorpiões (12 casos) do que no ano anterior, quando foram registrados 28 casos.

“Podemos ver pelos números que este ano tivemos menos ocorrência do que no ano anterior, então significa que não estamos vivendo infestação ou gravidade da situação. Precisamos compreender que moramos numa área de mata silvestre, que é comum a ocorrência desses animais. O que precisa ser feito é uma campanha sobre como lidar com o escorpião, pois a população de escorpião no município não está fugindo do controle”, enfatiza.


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