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Quem cuida de sua segurança na internet?

Pesquisa revela que 65% dos brasileiros se preocupam com a ciberespionagem, mas apenas 37% admitem tomar algum tipo de cuidado com dispositivos

Por Ana Blue
30/07/18 - 10:15
Sorria, você está sendo espionado... Sorria, você está sendo espionado... | Foto: Banco de Imagem

Pesquisa realizada pela Avast, empresa especializada em antivírus revelou um dado interessante sobre a preocupação do brasileiro com a sua segurança digital. Segundo o estudo, 65% dos brasileiros estão apreensivos quanto à espionagem de cibercriminosos por meio da câmera de notebooks ou webcams de desktops.

A alta porcentagem indica que as pessoas vêm buscando conhecimentos sobre essas ferramentas de vigilância, e isso é uma boa notícia. Mas, o curioso é que, ao mesmo tempo, apenas 37% dos entrevistados admitiram tomar algum tipo de cuidado físico com os dispositivos – como cobrir a webcam, por exemplo. Quem pensa que a luz de atividade ao lado da webcam apagada resolve o problema está enganado: existem dezenas de ferramentas desenvolvidas pelos intrusos que ativam essas câmeras sem que o usuário se dê conta.

O próprio ex-diretor do FBI, a unidade de inteligência da polícia americana, James Comey, já revelou publicamente que cobre as câmeras dos seus dispositivos. Mark Zuckerberg, o CEO do Facebook, já foi visto algumas vezes cobrindo câmera e microfone do notebook com uma fita isolante. É uma ação inconveniente para quem utiliza a câmera com frequência, mas é um bom começo para garantir a segurança do usuário. Por conta disso, a empresa lançou no mercado um recurso que oferece total controle sobre a utilização da câmera de um dispositivo.

No Brasil ainda não existe um tratamento específico na legislação quanto ao crime de espionagem virtual. O Itamaraty tem trabalhado no sentido de propor regras que protejam a privacidade de quem navega na rede, mas qualquer ação precisa estar consonante com os esquemas de segurança de cada país. Já houve alguns avanços, é verdade: a legislação conhecida como Lei Carolina Dieckmann, que trata de invasões virtuais, e o Marco Civil da Internet, sancionado em 2014, que busca regular o uso da internet no Brasil, são exemplos disso. No entanto, ainda incipientes quando o tema é segurança cibernética.


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