Prefeitura de Friburgo assina contrato para retomar obras do Hospital Raul Sertã
Intervenções visam expandir unidade e fazem parte de um pacote de obras anunciado pelo Executivo em fevereiro
28/03/19 - 17:05
A Prefeitura de Nova Friburgo realizou nesta quinta-feira, dia 28 de março, a assinatura do contrato para retomar as obras de expansão do segundo e terceiro pavimentos do Hospital Municipal Raul Sertã. As obras devem começar no início de abril.
A empresa friburguense Frienge, que ficou na terceira posição na licitação de 2012, vai dar continuidade à construção. Segundo a prefeitura, a empresa que havia vencido o certame, à época, faliu, e a segunda colocada não aceitou o valor ofertado.
A estimativa, de acordo com o Poder Executivo, é de investir R$ 4 milhões na unidade de Saúde. O dinheiro é oriundo do pacotão de obras para a cidade aprovado pela Câmara de Vereadores no dia 19 de fevereiro deste ano. Os recursos vêm da venda das ações da Energisa pertencentes ao município que seriam destinadas à aquisição da antiga Fábrica Ypu, mas cuja compra foi indeferida pela Justiça.
O prefeito Renato Bravo destaca que o contrato foi apenas atualizado, mas que não ocorreram mudanças no projeto.
“A obra é do projeto Somando Forças (do Governo do Estado), que acabou e a prefeitura decidiu levá-lo adiante. Podem ocorrer mudanças, mas, a princípio, o projeto segue o mesmo”, declara o prefeito.
As intervenções que serão feitas vão expandir as dependências da unidade criando mais 20 leitos para adultos, 10 infantis e cinco salas cirúrgicas, além de clínicas médicas entre os andares. As melhorias vão triplicar o número de leitos de UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) e a quantidade de pacientes atendidos atualmente. No projeto, também existe a previsão de construção de dois elevadores.
Área do segundo pavimento da obra de expansão do hospital | Foto: Matheus Oliveira
De acordo com a secretária de Saúde, Tânia Trilha, o atendimento vai aumentar em cerca de 45%. Ela também informou que a previsão é que a obra seja concluída em até um ano. Em relação às reclamações a respeito da dificuldade no atendimento de pacientes na emergência do hospital, a secretária relata o que pode ser feito a curto prazo.
“Vamos ter 30 leitos de CTI e algumas clínicas cirúrgicas entre os dois andares. Quanto a questão do atendimento, principalmente no último ano, muitas pessoas, até pela deficiência do governo estadual, deixaram de realizar seus atendimentos na rede particular, ou seja, deixaram de pagar seus planos de saúde, aumentando nossa demanda. Com o término de contratos de Recibo de Pagamento Autônomo (RPA) e alguns cortes em cargos comissionados estamos reorganizando toda a estrutura da Saúde. Temos algumas deficiências, mas estamos estruturando nossos recursos humanos para que possamos contratar mais pessoas para realizar este atendimento”, declara.