Prefeito e Vice de Teresópolis irão doar salários para instituições de caridade

O prefeito e o vice de Teresópolis, Vinicius Claussen (PPS) e Ari Boulanger (PPS), irão doar todos os seus salários até o fim do mandato, previsto para dezembro de 2020, para instituições de caridade da cidade. No total, os chefes do Executivo irão abrir mão de cerca de R$ 656.408,57. Os candidatos apresentaram a proposta ainda durante a campanha e oficializaram em cartório. A primeira entidade a ser beneficiada será a Creche da Casa do Pequeno Trabalhador de Teresópolis (Capette) no fim deste mês. O valor bruto que a instituição deverá receber será de R$ 28 mil. O salário bruto, sem os descontos, de prefeito em Teresópolis é de R$ 18.700 e o do vice, R$ 9.350.

O prefeito de Teresópolis destacou que a medida é uma maneira de demonstrar que gerir o município é uma missão que o povo lhe deu.

"Teresópolis passa por um momento econômico difícil, e os mais de R$ 600 mil a serem doados para instituições de caridade, reconhecidas pela sociedade, farão diferença na Saúde, Educação e Assistência Social na nossa cidade", destacou.

No documento registrado no Cartório do 1º Ofício, o prefeito e o vice ressaltam o trabalho deles que seus cargos não são empregos, e sim, profissões.

Creche da Casa do Pequeno Trabalhador

A instituição passou a operar na cidade da Região Serrana em 1974, presta assistência educacional e técnica a crianças e adolescentes carentes, ajudando-os a se inserir no mercado de trabalho. O Prefeito afirmou que a unidade ainda precisa da construção de um muro, da reforma de alguma áreas e ampliação de outros espaços.

Eleição Suplementar

Vinícius Claussen (PPS) foi eleito como novo prefeito de Teresópolis, em eleição suplementar realizada no dia 3 de junho, com 36,58%, totalizando 23.478 votos. A vitória ocorreu com uma vantagem de apenas 22 votos para o segundo colocado, Dr. Luiz Ribeiro (MDB). O mandato vai durar até dezembro de 2020.

As eleições suplementares aconteceram, pois, o ex-prefeito Mário Tricano (PP), vencedor das eleições de 2016, concorreu através de uma liminar, pois estava inelegível pela Lei da Ficha Limpa. Em março, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a condenação de Tricano e novas votações foram convocadas.