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Por que o desemprego aumentou na Região Serrana no início do ano?

Nova Friburgo e Teresópolis fecharam o mês de janeiro com saldo negativo na geração de postos de trabalho

Por Matheus Oliveira
12/03/19 - 16:22
Por que o desemprego aumentou na Região Serrana no início do ano? Indústria foi um dos setores que apresentou saldo negativo em todo o estado, de acordo com o Caged | Foto: Banco de Imagem

As cidades da Região Serrana começaram o ano com saldo negativo na abertura de postos de trabalho referentes a janeiro de 2019, de acordo com a divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) nesta semana. Enquanto Nova Friburgo fechou o primeiro mês com um saldo negativo de 61 postos de trabalho, o município de Teresópolis registrou 18 vagas a menos.

Em Nova Friburgo foram criadas 1.296 vagas de emprego, enquanto 1.357 profissionais foram demitidos nesse período. Já em Teresópolis foram admitidos 1.079 trabalhadores e 1.097 oportunidades foram encerradas.

Em todo o estado do Rio os setores que puxaram este resultado negativo foram os de comércio (-10.071), serviços (-1.394) e indústria (-1.968). Já o setor de construção civil teve bom desempenho e apresentou saldo positivo de 1.217 postos criados. No total, o estado do Rio de Janeiro teve um saldo de 12.253 vagas de emprego a menos.

De acordo com o economista Antônio Carlos Mastrângelo, a Reforma da Previdência, em tramitação no Congresso Nacional, faz com que o mercado esteja em compasso de espera para retomar os investimentos e influenciou nos resultados de janeiro, apesar de janeiro não ser um mês de retração na economia.

“O mercado está estável, assim como o dólar. A perspectiva é que, com a reforma, o mercado melhore. Porém, a retomada é lenta já que os estados estão deficitários e também há de se aprovar as privatizações, liberando a estabilidade do funcionalismo para que tenhamos eficiência e produtividade”, disse.

Já de acordo com o também economista Renato Côrtes, o resultado pode ter ligação com a contratação de trabalhadores temporários para o fim de ano e que não permanecem nos empregos. Além disso, ele projetou que o mercado aguarda pela aprovação da Reforma da Previdência para retomar os investimentos.

“Depois das festas de fim de ano, muitos profissionais temporários não permanecem em seus postos. Para 2019, os empresários aguardam a aprovação da Reforma da Previdência para saber se investem novamente na economia. Eu não vejo perspectiva de melhora em curto prazo, já que podemos ver resultados de queda na geração de emprego e aumento da inflação, enquanto essa indefinição acontece”, diz.

Renato afirma ainda que falta o dinheiro circular na economia. “Na minha opinião, a reforma deveria ocorrer apenas em setores do governo, já que a previdência dos trabalhadores privados possui um superávit. A previdência do governo que é deficitária. Além disso, a estratégia da equipe econômica de baixar os impostos só aumenta os lucros do empresário e a história já provou que não cria mais empregos. Enquanto isso, o rico segura o dinheiro que tem e só investe caso volte a confiar na nossa economia. E o pobre tenta economizar e sobreviver. Em resumo, o dinheiro não está girando”, complementa.

Cabe destacar que, em 2018, Teresópolis foi o terceiro município do estado do Rio de Janeiro que mais gerou empregos com 1.643 vagas de trabalho abertas, atrás apenas de Volta Redonda (2.295) e São João da Barra (1.680). Já Nova Friburgo ficou em 7º lugar, com a geração de 1.014 vagas.


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