Polícia identifica suspeitos de terem pichado suástica nazista na Igreja de São Pedro da Serra
Agentes alegam ter descoberto a identidade dos jovens através de depoimentos e imagens de segurança
18/10/18 - 10:35
Pichações feitas na Igreja de São Pedro tiveram motivações políticas, segundo a Polícia Civil.
|
Foto: Reprodução/Redes Sociais
A Polícia Civil afirma ter encontrado a identidade dos suspeitos -dois homens, de 29 e 34 anos- de realizarem pichações em São Pedro da Serra, incluindo as suásticas nazistas na Igreja de São Pedro da Serra, no distrito de Nova Friburgo, na madrugada do último domingo, dia 14 de outubro. Segundo as informações, a confirmação ocorreu após a análise de imagens e depoimentos de moradores locais.
A polícia iniciou a investigação após ter recebido o relato de um funcionário da Igreja de São Pedro da Serra, de que no último domingo, por volta das 6h, as paredes frontal e lateral da paróquia haviam sido pichadas com símbolos da suástica nazista, conforme noticiado pelo Portal Multiplix.
Desta forma, os policiais civis da 151ª DP iniciaram a investigação, colhendo depoimentos na localidade com o objetivo de identificar os autores e as provas do delito. Os agentes também obtiveram imagens das três pessoas que realizaram pichações em calçadas e muros do local. Na quarta-feira, 17, através de novas diligências, a Polícia levou para depor dois suspeitos de 29 e 34 anos. Um terceiro suspeito, de 24 anos, também foi identificado, mas, de acordo com os agentes, acabou fugindo. Ele teria se apresentado posteriormente na delegacia com um advogado.
Segundo a Polícia Civil, residentes do distrito disseram que a polarização política acirrou os ânimos e os suspeitos picharam as paredes contra o candidato do PSL à Presidência Jair Bolsonaro, após um membro da Igreja Católica de São Pedro da Serra ter se posicionado a favor do postulante ao Palácio do Planalto.
Pichações feitas na Igreja de São Pedro tiveram motivações políticas, segundo a Polícia Civil. | Foto: Reprodução/Redes Sociais
Os jovens prestaram depoimento e foram liberados. Os suspeitos podem vir a ser enquadrados em crime de preconceito previsto no Artigo 20 da Lei 7716/89, que tem pena de reclusão de 2 a 5 anos.
No caso do suspeito de 29 anos, uma pequena quantidade de maconha foi encontrada em sua residência, e o mesmo foi autuado por posse e uso de entorpecente.
