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Nadando nos mares da superação! Paratleta de Nova Friburgo se prepara para a disputa de sua primeira ultramaratona aquática

Rodrigo Garcia possui um encurtamento congênito na perna esquerda e faz da natação uma forma de inclusão e saúde

Por Matheus Oliveira
09/11/18 - 13:21
Nadando nos mares da superação! Paratleta de Nova Friburgo se prepara para a disputa de sua primeira ultramaratona aquática Rodrigo Garcia pratica natação desde os 14 anos e irá disputar sua primeira ultramaratona. | Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Superando barreiras e limites a cada dia e utilizando o esporte como forma de inclusão, o paradesportista e professor universitário Rodrigo Garcia, 39 anos, nascido no Rio de Janeiro e radicado em Nova Friburgo, encara o maior desafio da carreira: ser o único paratleta a disputar a prova Fuga da Ilha Grande, com trajeto de 13 km, indo de Ilha Grande a Angra dos Reis, no próximo domingo, dia 11 de novembro, a partir das 7h.

A prova faz parte do circuito "Maratonas Aquáticas Sem Fronteiras", sendo disputada por 50 atletas, em uma travessia com um limite de sete horas de duração. Na disputa, existirão dois pontos de corte o que significa que os atletas que não alcançarem estes pontos no tempo determinado, deverão abandonar a competição. O primeiro corte será quando os nadadores percorreram 1,2 km com 50 minutos. O segundo é de 9km com 5h.

O nadador projetou sua meta para a Fuga da Ilha Grande.

“Será minha primeira ultramaratona aquática (ultramaratona é maior que 10km) e meu planejamento é de cumprir a prova em 6h. A estratégia para alcançar o objetivo é fazer metade da prova em ritmo confortável, e depois começar a acelerar progressivamente a cada 2km”, disse.

Rodrigo Garcia se prepara para percorrer travessia entre Ilha Grande e Angra dos Reis.Rodrigo Garcia se prepara para percorrer travessia entre Ilha Grande e Angra dos Reis. | Foto: Edson Viana

“Durante a prova, todo atleta contará com um caiaque de apoio individual, pilotado por alguém que conhece a região. O caiaque ajuda os nadadores com hidratação e alimentação, e cuida da segurança dos nadadores. Já fiz outras provas de longa distância e estas experiências vão me ajudar”, declarou ele, que treina em um colégio particular de Nova Friburgo, realizando atividades de 4km pelo menos quatro vezes por semana.

Rodrigo Garcia possui um encurtamento congênito na perna esquerda desde o nascimento, andando com uma prótese. Desde pequeno, ele praticava esportes e foi para o paradesporto entre 13 e 17 anos, tendo participado de inúmeros competições no Brasil, conquistando medalhas em sua categoria (S9), em provas como 50m peito e 50m costas. Ele conta como migrou para a disputa de competições em águas abertas.

“Em 2015, decidi voltar a nadar como forma de perder peso e fazer atividade física. Assim, comecei a realizar provas de 1.000 m, embalei e passei a fazer provas maiores. Além das provas pequenas, fiz uma prova de 13 km no Rio São Francisco, 3 km no Lago Paranoá, em Brasília, outra de 3 km, no Rio Negro, em Manaus (AM). Em 2017, fiz uma outra prova no Rio Negro de 8,5 km, de margem a margem”, contou.

Sobre as barreiras superadas no cotidiano, ele revelou que o esporte é uma forma de gerar saúde e de inclusão.

“O esporte é uma ferramenta de inclusão, que qualquer pessoa com alguma deficiência, pode descobrir um esporte para ser feito, claro, que respeitadas as possibilidades de cada indivíduo. No meu caso, a natação me ajuda com a estrutura muscular, pois tenho um desequilíbrio e ela me auxilia no sentido, de não sentir dores e nem problemas de coluna, por exemplo. Em segundo lugar, existe o benefício social, pois o esporte é a prova social para a pessoa que deficiência é uma questão relativa e quando você percebe que pode usar seu corpo, superando essas limitações”, declarou ele, que segue uma rotina intensa e também irá disputar a travessia ao Almirante Tamandaré, no Rio Negro, em Manaus, e avalia se disputará o Rei e Rainha do mar, ambos em dezembro.


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