Mudança no palco da final da Libertadores altera planos de torcedores da Região Serrana
Confira como flamenguistas de Nova Friburgo e Teresópolis se preparam para assistir a decisão continental
06/11/19 - 12:25
Um novo destino para o capítulo final da maior competição de futebol da América do Sul trouxe mudanças de planos, alguns contratempos, mas nada que acabe com a esperança de viver um momento único para torcedores rubro-negros da Região Serrana. Assim, eles encaram a mudança de local da decisão da Copa Libertadores, entre River Plate e Flamengo, no dia 23 de novembro, para Lima, no Peru. Anteriormente, a decisão seria em Santiago, no Chile.
A final única estava marcada para o Chile desde o fim de 2018, mas precisou ser adiada devido aos seguidos protestos que tomam conta das principais cidades do país desde meados de outubro.
Dessa forma, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) decidiu, na última terça-feira, 5, mudar o local da decisão. De forma imediata, tal mudança afetou quem comprou ingressos ou passagens para Santiago, além de ter reservado a estadia na capital chilena.
É o caso do empresário Hugo Cereja, de Nova Friburgo. “Eu não consegui cancelar o hotel em Santiago e, assim, decidi ir do Chile para o Peru. Vou dia 21 para Santiago e, no dia seguinte, para o Peru. Volto para Santiago e chego ao Brasil no dia 25 de novembro. Pesquisei passagens aéreas do Rio direto para Lima, mas o valor fica mais caro. O grande prejuízo é que vou ter que desembolsar R$ 2.000,00 a mais”, destaca.
A entidade responsável pelo futebol sul-americano vai reembolsar quem comprou ingressos para a final e oferecer uma senha, dando exclusividade para que esses torcedores voltem a comprar as entradas para a decisão em território peruano.
Vale lembrar que o Estádio Monumental de Lima, está apto a receber 59.000 pessoas, 12.000 a mais que em Santiago. Entretanto, brasileiros e argentinos devem poder comprar apenas mil ingressos a mais do que o ofertado na capital chilena.
Essa mudança toda não agradou o aficionado flamenguista Zequinha Martins, morador de Teresópolis. Ele preferia outro destino para substituir Santiago.
“Vamos comprar o ingresso novamente e estamos vendo a melhor logística para a viagem. Eu preferia que a final fosse no Paraguai, porque assim pegaríamos o voo até Foz do Iguaçu e de lá iríamos”, destaca.
Cautela e otimismo
O empresário Sérgio Abreu dos Santos, de Nova Friburgo, esperou até o último momento para confirmar sua passagem. Anteriormente, ele pretendia reservar um ônibus leito para ir ao Chile, mas, com a mudança, comprou o bilhete de avião, que saiu R$ 2.000 mais caro.
“Acredito que a mudança foi positiva, pois a segurança e a questão humanitária são prioridades. E chegar a Lima é até mais tranquilo”, diz Sérgio, que está otimista.
O torcedor Marcelo Chakai, segundo da esquerda para a direita, acompanhado de amigos durante jogo do Flamengo, no Maracanã | Foto: Arquivo pessoal/Marcelo Chakai
O empresário do ramo alimentício, Marcelo Chakai, acompanhou todos os jogos do time no Maracanã, durante a disputa da Libertadores, ao lado de outros três companheiros.
“Comprei a passagem e serei o único dos meus amigos a ir para a final da Libertadores. Tinha 9 anos em 1981 (quando o Fla venceu sua única Libertadores) e poder reviver este momento será especial”, afirma.