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Monóxido de carbono, o inimigo número 1 da corrida de rua

Atenção, pessoas que correm nas avenidas da cidade: inimigos poluentes estão no ar

Por Ana Blue
18/09/18 - 16:14
Multiplix adverte: correr na rua pode ser prejudicial à saúde Atenção, pessoas que correm nas avenidas da cidade: inimigos poluentes estão no ar | Foto: Banco de Imagens

Quem percorre as margens das avenidas Galdino do Valle Filho, Comte Bittencourt e Via Expressa já assimilou a cena: o Rio Bengalas seguindo seu curso, sereno e tranquilo, sob o olhar do Cruzeiro do Sul e... pessoas passam correndo. Elas estão em toda a extensão de ambas as vias, todos os dias, em todos os horários, e garantem: os benefícios da prática do esporte para a saúde são inúmeros e a luta pela forma física ideal vai bem, obrigado! Mas, no colorido da paisagem, um detalhe, assim, cinzento: a poluição atmosférica, uma vilã da vida urbana.

A corrida de rua realmente é um dos exercícios físicos que mais têm ganhado espaço na dura e atribulada rotina dos brasileiros – e não só isso. O mercado que envolve a modalidade também cresce vertiginosamente. Em Nova Friburgo, a Associação de Corredores Friburguense (Ascof) também influi nesse sentido. Fundada em 1988, capitaneada pelo educador físico Augusto Teodoro, a Ascof incentiva a prática do esporte, dá suporte para isso e alguns de seus associados alcançaram patamares nunca imaginados antes: hoje há corredores que participam de eventos afins em várias partes do Brasil e do mundo. Boston, Berlim e até Tóquio estão entre as maratonas já percorridas por atletas friburguenses, muitos deles integrantes da associação.

Sim, corredores urbanos experimentam a vida e a cidade ao máximo. Coração, pulmões e músculos ficam mais fortes e a resistência física nem se compara a de um sedentário. Porém, como nem tudo são flores, ocorrem também as desvantagens. Os praticantes da corrida de rua, a exemplo dos que escolhem a Galdino do Valle, Comte Bittencourt e Via Expressa como locais de treino, aspiram litros e litros de um ar que contém poluentes perigosos, que prejudicam a saúde. Os tipos mais comuns são o ozônio e o monóxido de carbono.

A resposta do organismo à poluição está ligada à concentração de poluentes e ao quanto foi inalado. Estudos científicos indicam, por exemplo, que correr com concentração de ozônio maior que 0,16 PPM (partes por milhão) prejudica principalmente as funções pulmonares, podendo ocasionar tosse, aperto no peito e falta de ar. A inalação do monóxido de carbono também compromete a saúde. Formado pela queima de petróleo, gasolina, carvão e madeira, o CO é o poluente mais comum no ar das cidades, uma vez que os principais emissores são os automóveis. Por isso a exposição ao monóxido de carbono é particularmente mais alta nas áreas com tráfego intenso – justamente o caso das avenidas. Correr em locais onde a concentração de CO é maior que 25 ppm reduz, e muito, o chamado VO2, que é a capacidade do corpo de transportar e metabolizar o oxigênio. O monóxido de carbono liga-se à hemoglobina nas células vermelhas, o que reduz a quantidade de oxigênio transportado para os músculos.

Os efeitos crônicos do exercício físico em ambiente poluído ainda passam por estudos mais aprofundados, mas não é difícil supor que corredores que treinam regularmente nessas condições venham a sofrer alterações a longo prazo na função pulmonar. Então, a melhor estratégia para lidar com a poluição continua sendo evitá-la. Aí sim, é só correr para o abraço!


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