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Atenção, cervejeiros! Aquecimento global pode diminuir a quantidade de cevada no mundo

Principal ingrediente da cerveja pode sofrer diminuição em razão de ondas de calor e seca nos próximos anos

Por Matheus Oliveira
16/10/18 - 17:14
Atenção, cervejeiros! Aquecimento global pode diminuir a quantidade de cevada no mundo Cerveja é uma das bebidas mais consumidas em todo o planeta. | Foto: Divulgação/Redes Sociais

Pode parecer alguma brincadeira, mas para quem curte uma cerveja gelada, é um momento de preocupação e de ajudar na preservação do Meio Ambiente. Isso porque, segundo estudo divulgado na última segunda-feira, dia 15 de outubro, pelo periódico Nature Plants, o aquecimento global pode diminuir a colheita de cevada, principal ingrediente da cerveja, e, assim, diminuir o estoque da bebida no mundo.

De acordo com a publicação, desenvolvida por cientistas da Universidade da Califórnia, da Universidade Chinesa de Pequim, da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas, do Centro Internacional Mexicano para Melhorias do Milho e do Trigo e da Universidade de East Anglia (Inglaterra), as ondas de calor e seca podem diminuir a quantidade de cevada disponível, principal ingrediente da cerveja, caso os níveis de emissão de dióxido de carbono na atmosfera não sofram diminuições. Os responsáveis pela pesquisa ainda apontam que a vulnerabilidade do fornecimento de cerveja a tais extremos nunca foi avaliada

"Perdas de rendimento médio variam de 3% a 17%, dependendo da gravidade das condições. As diminuições na oferta global de cevada levam a quedas proporcionalmente maiores na cevada usada na fabricação de cerveja e resultam em drásticas reduções regionais no consumo de cerveja (por exemplo, -32% na Argentina) e aumentos nos preços da cerveja (por exemplo, + 193% na Irlanda). Embora não seja o impacto mais preocupante das futuras mudanças climáticas, os extremos climáticos relacionados ao clima podem ameaçar a disponibilidade e a acessibilidade econômica da cerveja”, destacou a publicação.

Para chegar a esta conclusão, foram avaliadas 34 regiões produtoras de cevada, antes e depois de 2050.

"Chegamos a essa conclusão integrando em nossa pesquisa as informações das mudanças climáticas, das safras de cevada, do comércio internacional e de condições socioeconômicas", explicou Dabo Guan, professor de Economia das Mudanças Climáticas da Universidade de East Anglia.

O estudo projetou o futuro do planeta de acordo com as taxas atuais de queima de combustíveis fósseis e emissões de dióxido de carbono e concluiu que os locais onde mais se cultiva cevada -como pradarias canadenses, regiões da Europa e da Austrália- deverão sofrer com ondas de calor e secas extremas.

O modelo matemático aplicado no estudo avaliou ainda que as mais diferentes regiões do mundo deverão reagir de maneira diferente à possível menor oferta da cevada. Em países com economias mais desenvolvidas, como Bélgica e Dinamarca, a solução será aumentar o preço da bebida. Já em nações pobres como Brasil e China, o consumo deverá cair. No mundo todo, a queda, deverá ser de 16%.


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