Informalidade aumenta no estado do Rio de Janeiro no segundo trimestre de 2018
Segundo pesquisa do IBGE, vagas sem carteira assinada tiveram alta de 0,8% em relação ao mesmo período do ano passado
23/08/18 - 09:53
O número de pessoas na informalidade aumentou no segundo trimestre deste ano. É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) trimestral, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a amostra, o trabalho por conta própria atingiu o maior número desde 2014, que inclui o comércio irregular, aumentou de 27,4% no primeiro trimestre deste ano, e de 26,8% no segundo trimestre do ano passado para 27,6% no levantamento atual (variação de 0,2% e 0,8%, respectivamente). Os índices de informalidade no estado do Rio de Janeiro cresceram mais do que os nacionais.
Por sua vez, o número de empregados do setor privado sem carteira assinada saltou de 7,9% para 8,2% em relação ao trimestre anterior, crescimento de 0,3 ponto percentual. Na comparação frente ao mesmo trimestre de 2017, que era de 7,7%, o crescimento foi ainda maior, de 0,5%.
Em paralelo, confirmando o aumento da informalidade, houve queda no número de trabalhadores com carteira assinada, passando de 39,5% nos primeiros três meses de 2018 para 38,4% no segundo trimestre (-1,1%). Na comparação anual, a perda foi ainda maior, de 41,1% em 2017 para 38,4% neste ano, queda de 2,7%. É o menor índice de emprego formal desde 2014.
Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio (Fecomércio RJ) o retorno a um crescimento sustentável da economia somente será possível com políticas de incentivo à criação de empregos formais.
As maiores taxas de desocupação entre as unidades da federação foram: Amapá (21,3%), Alagoas (17,3%), Pernambuco (16,9%), Sergipe (16,8%) e Bahia (16,5%). As menores taxas de desocupação foram observadas em Santa Catarina (6,5%), Mato Grosso do Sul (7,6%), Rio Grande do Sul (8,3%) e Mato Grosso (8,5%). No Brasil, a taxa de desocupação foi de 12,4%.
Homens x Mulheres
No 2º trimestre de 2018, as mulheres eram maioria tanto na população em idade de trabalhar no Brasil (52,4%), quanto em todas as grandes regiões. Porém, entre as pessoas ocupadas predominavam os homens no Brasil (56,3%) e em todas as regiões, sobretudo na Norte, onde os homens representavam 60,2%.
O nível da ocupação dos homens no Brasil foi de 63,6% e o das mulheres de 44,8%, no 2º trimestre de 2018. O comportamento diferenciado deste indicador entre homens e mulheres foi verificado nas cinco Grandes Regiões, com destaque para a Norte, onde a diferença entre homens e mulheres foi a maior (22,6%), e para o Sudeste, com a menor diferença (18,0 pontos percentuais).