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Hospital de Campanha de Nova Friburgo é desmobilizado nesta quarta-feira

Fechamento foi confirmado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) que tomou a decisão de acordo com critérios técnicos

Por Isadora Jaron
05/08/20 - 09:53
Hospital de Campanha de Nova Friburgo é desmobilizado nesta quarta-feira Hospital de Campanha de Nova Friburgo foi desmobilizado | Foto: Maiara Gastin

Após estudos, inspeções, adiamentos, mudança na administração, problemas na estrutura, garantia de abertura e especulações, o Hospital de Campanha de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, foi desmobilizado nesta quarta-feira, 5. A ação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) e já havia sido anunciada pelo secretário de Estado de Saúde, Alex Bousquet, em coletiva no dia 29 de julho.

Segundo o secretário, a decisão foi baseada em critérios técnicos e é mais uma fase do planejamento estratégico de enfrentamento à Covid-19 no estado.

“Desde o princípio, era previsto que os hospitais de campanha encerrassem as atividades quando houvesse a redução da curva de casos e óbitos, e quando a oferta de leitos da rede de saúde existente fosse suficiente. Este momento chegou. O passo foi avaliado em conjunto com técnicos do Governo”, explicou o secretário na coletiva do dia 29 de julho.

A equipe do Portal Multiplix esteve no local e não observou movimentação de desmonte da estrutura da unidade, na manhã desta quarta-feira.

Relembre o que aconteceu desde o anúncio da instalação

Abril

No dia 7 de abril, foi autorizado a instalação do Hospital de Campanha em Nova Friburgo. O município foi escolhido para receber uma das sete unidades que ajudariam no tratamento de pacientes com a Covid-19. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) que deu a autorização.

O local escolhido foi o Ginásio Esportivo Frederico Sichel, da Firjan Sesi, no Prado. Na época o Governo do Estado do Rio de Janeiro prometeu que a unidade estaria pronta até o final de abril. A matéria sobre o hospital de campanha saiu no Portal Multiplix no dia 8 de abril.

Já no dia 10 de abril, os equipamentos para a montagem da estrutura da unidade começaram a chegar em Nova Friburgo. De acordo com a empresa responsável, a montagem da primeira parte do hospital de campanha levaria cerca de seis dias e após esse período o governo estadual começaria a instalar os equipamentos hospitalares.

Ainda no mês de abril, no dia 15, a equipe de reportagem do Portal Multiplix voltou ao espaço e mostrou que, na época, a construção estava bem adiantada. A previsão seria para a inauguração entre o final de abril e o início de maio.

Maio

No primeiro dia de maio, a equipe voltou ao Ginásio Frederico Sichel. Na ocasião, a SES informou que a conclusão das obras seria até o dia 19 de abril e que a inauguração aconteceria no final daquele mês ou no início de maio. Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde ainda disse que a inauguração seria adiada para a segunda quinzena de maio e que os leitos só seriam liberados aos poucos.

Nos dias 6 e 7 de maio, o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ) realizou a inspeção do hospital de campanha. O intuito da ação foi apurar as causas do atraso na abertura do hospital que, na época, não tinha leitos nem equipamentos.

Na inspeção, constatou-se que apenas o tomógrafo se encontrava em fase de finalização de instalação. Ainda existiam pendências importantes na parte de estruturação e na montagem dos leitos, como a ausência de instalações hidráulica e de esgoto.

Foi no dia 13 de maio que a Prefeitura de Nova Friburgo começou a recrutar profissionais de saúde para trabalhar no hospital de campanha da cidade.

O ofício da solicitação foi enviado pela SES aos prefeitos, no dia 11 de maio, com as informações sobre as inscrições para seleção e recrutamento desses profissionais para os hospitais de campanha.

A partir do dia 18 de maio, começaram os pedidos de respostas da justiça, sobre os atrasos e o cronograma para a entrega das unidades, inclusive a de Nova Friburgo. No mesmo dia, o governo estadual criou um Comitê de Supervisão dos Hospitais de Campanha pedindo uma resposta de 48 horas para a organização social Instituto de Atenção Básico à Saúde (Iabas) (empresa responsável pela infraestrutura) enviasse o cronograma, mas sem sucesso.

Por sua vez, o MPF-RJ, na época deu um prazo de 48 horas, do dia 18 a 20 de maio, para que a OS apresentasse um relatório sobre a estrutura do hospital de Nova Friburgo, com informações sobre equipamentos, insumos, funcionários e medidas de funcionamento da unidade de saúde. O prazo terminou e o relatório não foi encaminhado.

Já a 25ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) também entrou com uma ação, pedindo 20 dias para que a OS abrisse todos os hospitais de campanha, com funcionamento total de sua capacidade, o que não foi feito.

O atraso na entrega do hospital chegou a 21 dias no dia 21 de maio. Na época, somente o hospital do estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, havia sido inaugurado, mas ainda sem operar por completo. Em Nova Friburgo, a Iabas deu o prazo de inauguração o dia sete de junho.

Junho

O Governo do Estado do Rio de Janeiro assume a administração dos sete hospitais de campanha, no dia 3 de junho. A Iabas foi afastada depois de problemas de atraso na montagem das unidades. Em Nova Friburgo, através das redes sociais, a empresa Frienge Engenharia divulgou que assumiu as obras do hospital de campanha do município.

No dia 5 de junho a SES adiou, mais uma vez, a inauguração do hospital. Foi o quinto adiamento e, dessa vez, o estado informou enviaria um novo cronograma, além de realizar vistorias para verificar as condições das unidades em termos de estrutura e equipamentos.

No dia 8 de junho o Portal Multiplix acompanhou a visita do deputado Renan Ferreirinha (PSB) ao local. Foram encontradas goteiras na estrutura. Em nota, a SES informou que vistorias estão sendo realizadas para verificar todas as questões.

No dia 22 de junho a SES divulgou um estudo dizendo que os hospitais de campanha poderiam não abrir.

Julho

O novo secretario de Estado de Saúde, Alex Bousquet, em coletiva, garantiu a abertura do hospital de campanha de Nova Friburgo. O anuncio foi feito no dia 1º de julho. Na ocasião, Bousquet disse que o projeto inicial das unidades foi reavaliado, considerando o cenário atual da pandemia, bem diferente de quando os hospitais foram planejados e a expectativa era de deixar tudo pronto como prevenção.

No dia 8 de julho a promotora do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) em Nova Friburgo, Cláudia Condack, encaminhou um ofício para a Secretaria de Estado de Saúde (SES) para saber se profissionais contratados para o hospital de campanha do município, que ainda não havia sido inaugurado, pudessem ser remanejados para o Raul Sertã.

No dia 17 de julho, a SES informou que o hospital de campanha só será aberto em caso de uma segunda onda da Covid-19. Segundo a SES, as unidades de Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Duque de Caxias estão concluídas, mas estão fechadas e só serão usadas como leitos de retaguarda.

O anuncio do fechamento do hospital de campanha foi feito no dia 27 de julho pelo secretário Alex Bousquet. O comunicado foi feito em oitiva realizada na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

O secretário de Estado de Saúde confirmou a desmontagem do hospital de campanha que nunca foi usado em Nova Friburgo. Alex Bousquet disse que unidade seria desmobilizada no dia 5 de agosto.

Agosto

A SES informou na terça-feira, 4, que as datas de desmobilização estão mantidas.


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