Friburguense realiza boas campanhas, mas não alcança os objetivos traçados para o ano

Um ano de altos e baixos, sem alcançar os objetivos planejados para 2018. Assim pode ser resumida a temporada do Friburguense, que ficou marcada pelo quase: terminou a Série B1 do Carioca em sexto lugar, sem acesso à elite, e caiu nas semifinais da Copa Rio, sem vaga em um torneio nacional do ano que vem. Agora, a equipe convive com a indefinição de quando retornará aos campos, o que só ocorrerá em meados de 2019.

O técnico Cadão, em seu primeiro ano como treinador da equipe falou sobre o desafio que se apresentou nesta temporada após convite feito pelo diretor José Siqueira.

“Esse primeiro ano foi bem proveitoso e serviu para que eu possa evoluir em questão de comando, em termos táticos de aplicação de treinamento, de preparação do grupo e da equipe para os jogos. Infelizmente, ficou um pouco de decepção porque não conseguimos atingir nosso objetivo que era o acesso à primeira divisão”, destacou.

O volante Bidu, um dos líderes do atual elenco, fez uma avaliação sobre a temporada tricolor.

“A temporada não terminou da maneira que planejávamos, pois nosso objetivo principal era subir para a Série A do Campeonato Carioca. Conseguimos chegar na semifinal do primeiro turno, mas tivemos que decidir fora de casa, o que acabou nos prejudicando. No segundo turno, perdemos pontos preciosos e, apesar da nossa reação, não conseguimos a classificação”, declarou.

O volante Bidu declarou ainda quais foram os pontos positivos desta temporada.

“Como todos sabem, ficamos sem patrocinador e houve uma dificuldade para o Siqueira montar o elenco. Mesmo assim, construímos uma equipe competitiva e um grupo fechado com os propósitos do Friburguense, com uma galera muita boa para se trabalhar”, revelou.

Já o fisioterapeuta Junior Arraes, falou sobre o trabalho realizado para prevenir lesões e fazer com que o grupo suportasse a maratona de jogos em duas competições. “Foram feitas inúmeras recuperações, conseguimos também junto a toda comissão reduzir muitos potenciais de lesão, poupando diversos jogadores em diversas partidas, mas, como dito antes, perdemos muitos atletas em momentos cruciais, infelizmente por lesões de longo prazo, cito aqui ao menos 3, a perda do lateral esquerdo Wallace Camilo no começo da temporada por uma lesão de rompimento total do ligamento cruzado anterior (6 a 9 meses), do meia Jorge Luiz num momento perto de nossa classificação às semifinais do primeiro turno com uma luxação grau 2 do ombro esquerdo e estiramento de um ligamento (2 a 8 semanas), do volante Vitinho em parte do segundo turno com um entorse de tornozelo grau 1 (2 a 4 semanas), e ao final com incômodos musculares, que já são comuns pelo desgaste natural do volume de jogos”, afirmou.

Série B1

O Friburguense iniciou sua campanha na Série B1, no dia 19 de maio, diante do Audax, quando perdeu por 1 a 0. No primeiro turno da competição, a Taça Santos Dumont, a equipe serrana, após duas derrotas nos primeiros jogos, embaçou e garantiu vaga na semifinal depois de uma campanha de cinco vitórias, um empate e três derrotas. Na semifinal, a equipe foi derrotada pelo Americano por 2 a 0, em Campos. O time do Norte Fluminense acabou se sagrando vencedor da Taça Santos Dumont.

No segundo turno da competição, a equipe venceu apenas um dos primeiros seis jogos, e apesar das quatro vitórias seguidas nos últimos jogos, acabou eliminada da competição. O returno estadual foi vencido pelo Audax.

Na classificação geral, o Friburguense terminou na sexta posição, com uma campanha de 10 vitórias, dois empates e sete derrotas com 32 pontos ganhos, a sete do terceiro colocado geral, o Sampaio Corrêa.

Na competição, destaque para a dupla de ataque Dedé e Lohan, responsáveis por 22 gols na Segunda Divisão do Carioca, sendo 14 do primeiro e 8 do segundo. Além disso, a equipe contou com nomes experientes como Sérgio Gomes, Bidu e Ziquinha. No fim, o campeão da Série B1, foi o América, que venceu o Americano na final. Ambas as equipes garantiram o acesso à elite do Campeonato Carioca.

Copa Rio

Em meio à disputa da Série B1 do Carioca, o Frizão iniciou sua trajetória na Copa Rio. O time comandado por Cadão despachou o Maricá nos pênaltis na primeira fase, após perder na ida por 1 a 0 e vencer a volta por 3 a 2. Na segunda fase, após empate em 0 a 0 no Eduardo Guinle, o Friburguense eliminou o Bangu ao vencer por 1 a 0, em Moça Bonita, com direito a gol olímpico de Jefinho.

Nas quartas de final, o Tricolor da Serra, superou a Portuguesa da Ilha do Governador, ao vencer em casa por 3 a 0 e ser derrotado por 1 a 0 no duelo de volta. Já nas semifinais, um drama: após vencer por 1 a 0 o Itaboraí, no primeiro jogo, o time serrano foi derrotado por 2 a 1 nos pênaltis.

Na decisão por pênaltis, brilhou o goleiro Eduardo, do Itaboraí, com defesas nas cobranças de Jefinho e Murilo. Para o Frizão, marcaram Luiz Felipe e Jorge Luiz. O veterano Sérgio Gomes mandou a cobrança decisiva para fora. Pelo Itaboraí, marcaram Ronaldo, Gabriel Galhardo e Douglas. Erick Daltro e Edu perderam. Desta forma, a equipe ficou sem a vaga em uma competição nacional na temporada passada.

Indefinições

Após quatro meses vivendo uma maratona de jogos, o Frizão encerrou sua temporada no dia 19 de setembro, com a eliminação nas semifinais da Copa Rio. Agora, sem a vaga na Série A ou a disputa de um torneio nacional, só deverá entrar em campo no final do primeiro semestre do ano que vem, em razão da disputa da Copa América e da definição dos últimos colocados da elite estadual que disputarão a Série B1 em 2019. De acordo com Bidu, ainda não ocorreram conversas a respeito de definições para o futuro do Tricolor da Serra.

O comandante Cadão revelou que apesar das indefinições, espera que o trabalho evolua em 2019.

“Em relação ao ano que vem na verdade ainda não sei o que vai acontecer mais se eu for mantido no cargo com certeza espero fazer um trabalho muito melhor do que fiz nessa temporada”, concluiu.