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Falta de medicamentos afeta unidades de saúde e farmácias em Nova Friburgo

Bromoprida, furosemida e dipirona são os principais remédios procurados na cidade

Por Nai Frossard
12/07/22 - 11:08
Falta de medicamentos afeta unidades de saúde e farmácias em Nova Friburgo População deve consultar médicos para substituir remédios em falta | Foto: Arquivo/Agência Brasil

O Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro (CRF-RJ) alerta para a falta de medicamentos no Estado do Rio de Janeiro. O desabastecimento de remédios de uso essencial é um problema que tem afetado as Unidades de Saúde no país todo e em Nova Friburgo não é diferente.

A Secretaria Municipal de Saúde de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, informou que alguns medicamentos estão em falta na cidade, como a bromoprida, furosemida e dipirona. A prefeitura disse que está buscando soluções para resolver o problema por meio de um processo licitatório emergencial para a compra dos remédios em falta.

A secretária de Saúde, Nicole Cipriano, ressalta que tem trabalhado para abastecer a rede de saúde pública comprando os remédios através de pregões eletrônicos. Produtos utilizados diariamente nas unidades hospitalares e nos postos. Ela ressalta:

Infelizmente, há situações que fogem do nosso controle, mas trabalhamos incansavelmente para superar todas as questões, dentro da legalidade. No momento, temos recebido os medicamentos da última licitação que estão abastecendo os estoques das farmácias.

De acordo com o presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Rio de Janeiro, Camilo Carvalho, existem informações de farmacêuticos que atuam em hospitais, farmácias e outros serviços de saúde em todo o estado, de representantes das secretarias estaduais e municipais de Saúde e, da própria indústria farmacêutica, que evidenciam o desabastecimento de medicamentos e insumos injetáveis esgotados ou em vias de acabar em diversas cidades.

Entre os remédios em falta estão: analgésicos dipirona, antibiótico amoxilina e até solução fisiológica. E o presidente do conselho afirma:

Considerando a escassez e o risco de desabastecimento de medicamentos essenciais à assistência aos pacientes hospitalizados em muitos estabelecimentos de saúde, o Conselho Regional de Farmácia alerta para as adversidades que a falta de alguns medicamentos ainda poderá ocasionar, nas questões de Saúde Pública do Estado do Rio de Janeiro.

Ainda de acordo com o conselho, o problema é um reflexo de crises globais, como a guerra na Ucrânia e os fechamentos de portos na China por causa da Covid-19, o que dificulta a importação dos insumos. E faz um apelo para as autoridades municipais e estaduais e, fabricantes de remédios, para que todas as medidas possíveis sejam adotadas, no sentido de garantir a saúde da população, o mais rápido possível.

Camilo Carvalho destaca a importância do uso racional dos medicamentos, neste momento, para evitar que os quadros clínicos das doenças evoluam e a falta de tratamento adequado gerem óbitos.

O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) afirma que os primeiros relatos da falta de alguns remédios nos hospitais e farmácias foram registrados há cerca de dois meses e meio:

No caso dos hospitais, há um problema crônico, ainda não resolvido, relacionado ao preço de venda autorizado pelo governo, que é inferior aos custos de produção.

O quadro se repete nas farmácias. O proprietário da farmácia Ponte da Saúde, em Nova Friburgo, Johnny Carvalho, explica que registrou a falta de diversos medicamentos, como antialérgicos, pastilhas e xaropes em geral, desde o início do ano:

Dipirona, amoxilina e azitromicina em xarope, são os mais escassos, mas constatamos também a falta de pastilhas para garganta. Esse quadro se acentuou a partir do mês de março.

Uma pesquisa do Sindusfarma entre algumas grandes indústrias farmacêuticas apontou que a maioria das empresas consultadas está com produção e distribuição normal de antibióticos.

Mas algumas delas relataram problemas pontuais, como expressivo e atípico aumento de demanda por determinados antibióticos no primeiro trimestre. Isso, de acordo com a pesquisa, desorganizou a cadeia de fornecimento ao varejo. Apesar dessa circunstância, os dados disponíveis confirmam uma oferta regular e até acima do normal do antibiótico amoxicilina e do analgésico dipirona por parte da indústria farmacêutica, ainda segundo o sindicato.

Com base em levantamentos feitos entre fevereiro e maio deste ano, o Sindusfarma apurou que as vendas de amoxicilina em solução oral, de uso infantil, da indústria farmacêutica para as farmácias, por exemplo, cresceram 35,42%. Em comprimidos e cápsulas, a comercialização de amoxicilina subiu 44,88%. Já as vendas do analgésico dipirona aumentaram 34,96%:

Diante do aumento de demanda, as indústrias farmacêuticas consultadas informaram que estão readequando a produção para atender o mercado.

O Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro também faz um alerta para a população sobre a importância de consultar o médico e o farmacêutico responsável pelo estabelecimento, sobre o uso de qualquer medicamento, a fim de que o efeito não seja prejudicado e para evitar complicações futuras.

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