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Pilotos friburguenses celebram novo representante do país na Fórmula 1

Jornalista e kartistas de Nova Friburgo comentam confirmação de Pietro Fittipaldi como piloto titular da Haas para prova deste domingo

Por Matheus Oliveira
01/12/20 - 10:16
Pilotos friburguenses celebram novo representante do país na Fórmula 1 Com Pietro Fittipaldi, Brasil voltará a ter um representante no grip da Fórmula 1 | Foto: Divulgação/Haas

Um sobrenome de campeão acompanha o piloto que fará o Brasil voltar a ter um representante na principal categoria do automobilismo mundial. Honrando uma história de oito títulos mundiais (com Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna), o jovem Pietro Fittipaldi (neto de Emerson), de 24 anos, foi confirmado nessa segunda-feira, dia 30 de novembro, como piloto titular da equipe americana Haas para o Grande Prêmio do Sakhir de Fórmula 1, no Bahrein. A prova será disputada no próximo domingo, dia 6 de dezembro.

Ele substitui o francês Romain Grosjean que sofreu um grave acidente no Grande Prêmio do Bahrein, disputado no mesmo circuito no último domingo, 29 de novembro. Pedro será o 32º brasileiro na principal competição do automobilismo após um hiato de três anos sem competidores tupiniquins na Fórmula 1.

Para saber a importância do retorno de um piloto tupiniquim à modalidade, a reportagem do Portal Multiplix conversou com o jornalista Márcio Madeira e os pilotos Kleber Tavares e Rodrigo Ferreira.

O jornalista especializado em esporte a motor, Márcio Madeira, revela que este anúncio representa uma retomada dos laços da Fórmula 1 com o Brasil, após o país perder o circuito de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, ver as categorias de base de monopostos sucateadas, sem revelar pilotos e ter transmissões de TV que apostavam em “ufanismos ilusórios”, segundo ele.

“As transmissões apostavam muito nos brasileiros e geravam desgastes dos pilotos com o público. Aos poucos, as transmissões se reinventaram e a audiência voltou a subir. Além disso, a destruição de Jacarepaguá para obras do Pan e das Olimpíadas, o fato de outros autódromos como Curitiba e Interlagos-SP também estarem ameaçados e a falta de talentos revelados nas divisões de base de monopostos acarretaram na falta de um piloto na Fórmula 1 por três anos”, avalia.

Piloto brasileiro vai dirigir carro número 51 da Haas no circuito de SakhirPiloto brasileiro vai dirigir carro número 51 da Haas no circuito de Sakhir | Foto: Divulgação/Haas

Márcio também afirma ser curioso o fato de um 'Fittipaldi' retomar a tradição brasileira na Fórmula 1, pois foi a família que abriu as portas do automobilismo brasileiro para exterior, primeiro na Fórmula Ford e na Fórmula 3 inglesa, e depois na Fórmula 1.

Emerson, avô de Pietro, foi bicampeão da modalidade em 72 e 74. O pai de Emerson, Wilson Fittipaldi, conhecido como Barão, foi radialista e pioneiro na locução de corridas no Brasil.

Ele ressalta ainda que não dá para cobrar resultados do jovem piloto brasileiro.

“Não se pode cobrar resultados do Pietro, visto que ele vai entrar em uma situação emergencial, em um carro do fim do grid e com poucos treinos, visto que a maior parte é feita com simulador. Claro, se ele fizer um bom trabalho vai se credenciar para retornar em outros anos. Apesar da boa notícia, essa participação nem se compara à tradição brasileira na Fórmula 1”, declara.

O piloto de kart, Kleber Tavares, destaca que voltar a ter um brasileiro na Fórmula 1 renova as esperanças dos fãs de esporte a motor.

“Depois que o Felipe Massa saiu em 2017, ver um piloto com o sobrenome pesado como esse faz a gente renovar as esperanças de que, em breve, possamos ter um nome novamente disputando toda a temporada da fórmula 1. Cabe agora ao Pietro, acelerar bem e mostrar que ele veio pra ficar. Não é um carro tão bom assim, mas o importante é ele chegar perto ou até ficar na frente do Kevin Magnussen (piloto dinamarquês da Haas)”, afirma Kleber.

O também piloto friburguense de kart, Rodrigo Ferreira, destaca que a entrada de Pietro na categoria ajuda na divulgação do esporte no país.

"A importância de o Pietro estar ocupando um lugar na Haas é a divulgação da Fórmula 1 no país. Isso porque, até então, a gente não sabe nem se as corridas vão ser ter transmitidas em TV aberta no ano que vem. O interesse caiu muito. Claro, tem os fãs da modalidade, mas a maioria dos brasileiros assiste para torcer para alguém. E isso acaba ajudando a divulgar outras categorias e incentivar que mais pessoas procurem o esporte como é o meu caso, que corro de kart, que é a porta de entrada para o automobilismo. Assim, a gente aqui em Friburgo pode fazer uma divulgação maior desse tipo de campeonato e o esporte cresce em todo o país”, conclui Rodrigo.

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