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Friburguenses brilham na principal liga de futebol americano no Brasil

Nascidos na serra fluminense, Matheus Mendonça e Matheus Lebre defendem as cores do Flamengo no brasileiro da modalidade

Por Matheus Oliveira
30/07/19 - 10:26
Friburguenses brilham na principal liga de futebol americano no Brasil Matheus Lebre e Matheus Mendonça (Kaká) buscam título brasileiro com as cores do Flamengo Imperadores | Foto: Reprodução/Redes Sociais

Celeiro de talentos esportivos, Nova Friburgo, na serra fluminense, possui dois representantes atuando no futebol americano com uma das camisas mais importantes do país. Com a função não de marcar gols, mas de ajudar a fazer touchdowns (principal pontuação do esporte) ou de evitá-los, os jovens friburguenses Matheus Mendonça e Matheus Lebre disputam pela primeira vez na carreira a liga BFA de futebol americano (considerado o brasileiro da modalidade) defendendo as cores do Flamengo Imperadores.

O estudante de arquitetura Matheus Mendonça, 23 anos, mais conhecido como Kaká, começou no futebol americano atuando na posição de tight end (espécie de recebedor e bloqueador do time ofensivo), em 2010, jogando pelo Nova Friburgo Yettis. Em 2011, chegou a integrar o time defensivo, recuperou-se de uma grave lesão, atuou pela equipe de Niterói e pela seleção carioca até conquistar a chance de defender o Flamengo nesta temporada.

“Eu só tinha jogado estaduais e um amistoso interestadual. Eu queria elevar meu nível e jogar a primeira divisão de uma liga nacional. O Flamengo me interessou mais e sempre foi a minha primeira opção desde que recebi o convite. Primeiro pelo tamanho do clube e da torcida, além de tudo que o Flamengo representa, não só no futebol americano, mas no futebol e em outros esportes. O clube é uma potência de vitórias e queria fazer parte deste ambiente”, revela Kaká.

Kacá (de branco) durante jogoKacá (de branco) durante jogo | Foto: Arquivo pessoal/Matheus Mendonça

Atualmente, o jogador atua como slot receiver (recebedor que atua no meio de campo) no clube carioca, onde foi vice-campeão estadual, e inicia a disputa da liga BFA, a principal competição do país.

Já o engenheiro mecânico Matheus Lebre, 28 anos, atua como defensive back (que joga atrás da linha de defesa). A paixão pelo esporte veio por meio da experiência com jogos de videogame após um intercâmbio realizado nos Estados Unidos.

Tendo a NFL (a liga americana) como inspiração, o jovem revela que foi uma satisfação ser escolhido para atuar no Flamengo junto com seu xará friburguense. Além disso, Matheus destaca que a entrada de times de camisa no futebol americano ajuda a atrair mídia e atenção para a modalidade.

“O nível da BFA está cada dia maior. Este é um esporte que ainda é amador, mas, a cada ano, o nível fica mais elevado. Os times que jogaram no ano passado se reforçaram, inclusive com jogadores estrangeiros. Mas há muito a ser melhorado, apesar de ser praticado há bastante tempo, pois falta muito para se igualar a estruturas como a da NFL”, avalia Matheus Lebre.

Para Kaká, o futebol americano vai crescer no país quando ocorrer mais investimentos no esporte. Assim, os jogadores e as comissões técnicas poderão viver apenas do esporte. Além disso, o jogador cita que o Brasil pode se espelhar em ligas profissionais como a americana e a alemã. No Brasil, clubes como o Galo FA, investem em uma estrutura profissional.

Jogadores de futebol americano do Flamengo Imperadores. À esquerda da foto: Matheus LebreJogadores de futebol americano do Flamengo Imperadores. À esquerda da foto: Matheus Lebre | Foto: Reprodução/Redes Sociais

Já Matheus Lebre faz a ressalva para o custo dos equipamentos que são utilizados no futebol americano.

“O que falta para se popularizar é ele se tornar um pouco mais barato. A modalidade é bastante conhecida e o Brasil é o terceiro país que mais assiste futebol americano, atrás apenas dos Estados Unidos e do México. O jogo que fizemos em Minas tinha um bom público e muita gente interessada. Mas ainda é muito caro, o que exige um preparo tanto físico quanto financeiro”, ressalta.

Ambos revelam orgulho em representar Nova Friburgo na principal liga de futebol americano, mas pedem mais apoio aos atletas por parte de empresários e autoridades.

“Falo que sou friburguense e represento a cidade com orgulho em uma liga como a BFA, jogando contra adversários de outros estados. Mas, infelizmente, não temos apoio algum e muita gente não sabe que atuamos em um clube como o Flamengo. Isso é até chato porque outros esportes possuem apoio e nós não temos esse reconhecimento”, diz Lebre.

“Representar Nova Friburgo é muito bom. Saímos de Friburgo todo domingo de manhã para treinar, além de treinar às quartas de 22h às 0h. É um desafio! E espero que com essa matéria e com boas performances pelo Flamengo, as pessoas olhem para o esporte de outra maneira. Em Friburgo, muitos talentos deixam a cidade por falta de investimento”, conclui Kaká.


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