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Especialista confirma que temperaturas altas serão cada vez mais constantes

De acordo com climatologista aquecimento global fará com que seja impossível voltar a ter um clima normal

Por Matheus Oliveira
30/07/18 - 17:37
Frio, calor, calor, frio... aquecimento global já afeta nosso dia a dia Diminuir a emissão de poluentes é uma das formas de combater o aquecimento global. | Foto: Amanda Tinoco / Arquivo

As altas temperaturas que vem marcando o verão no Hemisfério Norte e até o inverno no lado Sul, vem demonstrando que o aquecimento global se fará cada vez mais presente na definição do clima mundial. De acordo com especialistas, as altas temperaturas serão cada vez mais frequentes e a população mundial terá que se adaptar nos próximos anos.

No último final de semana, os cariocas puderam curtir as praias da cidade, como no Leblon e em Ipanema, em pleno inverno com temperaturas chegando a 29ºC. Em todo o estado do Rio de Janeiro, segundo o Climatempo, uma forte massa de ar seco que está atuando sobre a Região Sudeste manteve o domingo (29) com muito sol e calor no território fluminense.

De acordo com o climatologista francês Robert Vautard, diretor de pesquisa do Laboratório de Ciências do Clima e do Meio Ambiente (LSCE), essas ondas de calor são ocorridas devido ao aquecimento global e será impossível voltar a ter um clima normal.

“Não poderemos voltar a ter um clima normal, mesmo diminuindo as emissões de CO2. Poderemos conter e limitar a progressão do calor, mas as temperaturas dependem dos gases de efeito estufa, que já estão na atmosfera, e diminuir os níveis de CO2 é extremamente difícil. Contrariamente à poluição, cujas partículas podem ser eliminadas de forma relativamente rápida, essas emissões de gases de efeito estufa são dificilmente eliminadas", afirma.

O especialista alertou que é necessário combater a situação, investindo em produção de energia que não emita gás carbônico. Ele também ressaltou que é necessário que as principais economias do mundo tratem a questão como prioritária.

"Não devemos culpá-los, mas é preciso sobretudo pensar em como ajudá-los para que eles se desenvolvam de uma forma diferente. Não é apenas um desafio para eles: todo mundo deve se envolver", destacou.

Segundo uma pesquisa divulgada em 2017 pela revista Nature Climate Change, metade da população seria exposta às ondas de calor até 2100, mesmo que cumpra as normas do Acordo de Paris sobre o Clima.

O acordo foi um compromisso firmado durante a Conferência das Partes - COP 21, em Paris, no ano de 2015. O pacto é um compromisso internacional debatido por 195 países com o objetivo de minimizar as consequências do aquecimento global. O intuito da celebração do acordo era também fortalecer a resposta de todo o mundo com relação às ameaças das mudanças climáticas que vem deixando as temperaturas mais altas.

Os países que assinaram se comprometeram a reduzir as emissões de CO2 (gás carbônico) na atmosfera terrestre. Além disso, as nações prometeram manter o aumento da temperatura média da Terra até 1,5ºC e abaixo de 2 °C, acima dos níveis pré-industriais.

O Brasil confirmou sua participação no Acordo em 12 de setembro de 2016 e tem as seguintes metas:

  • Reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005, em 2025.

  • Diminuir as emissões de gases de efeito estufa em 43% abaixo dos níveis de 2005, em 2030.

Em junho de 2017, os Estados Unidos, já sob o comando de Donald Trump, anunciaram a retirada do Acordo de Paris, pois o presidente norte-americano considerou as condições da China no acordo mais favoráveis que as metas estabelecidas a seu país. Tal ação gerou preocupação nas políticas sustentáveis de todo o mundo, já que os estadunidenses são um dos países que mais poluem o planeta. China e Estados Unidos são responsáveis por 40% dos gases poluentes emitidos na atmosfera. Entretanto, uma nação que tenha assinado o acordo, só poderá deixá-lo em 2020.


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