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Em Nova Friburgo, Marlon Moraes sonha com cinturão do UFC

Lutador concedeu coletiva em um shopping da cidade e falou sobre atual fase da carreira

Por Matheus Oliveira
21/06/18 - 14:25
Em Nova Friburgo, Marlon Moraes sonha com cinturão do UFC Marlon Moraes sonha com cinturão do UFC. | Divulgação JOÃO LUCAS

Vivendo o melhor momento da sua carreira e aproveitando para retornar às origens. Assim, Marlon Moraes atendeu a imprensa e os fãs friburguenses na noite da última terça-feira, dia 19 de junho, em um shopping de Nova Friburgo. Ele falou sobre a carreira, a relação com a cidade e deixou um recado: quer disputar o cinturão dos pesos galos do UFC contra o atual campeão, o americano TJ Dillashaw.

Marlon Moraes vem de uma sequência de três vitórias consecutivas no UFC, sendo a última um nocaute sobre o estadunidense Jimmie Rivera, em apenas 33 segundos. Vale ressaltar que o adversário estava invicto há 20 lutas. Ele falou sobre a atual fase de sua carreira. Marlon ocupa atualmente a quarta posição no ranking da categoria dos galos.

“Quis fazer esse evento para reunir os amigos e poder atender a todos. Jamais imaginava que chegaria aonde cheguei e se parar para pensar, isso parece um sonho. Mas você tem que acreditar em si mesmo e se dedicar cada dia mais. Eu trabalhei duro para este momento. É um prazer retornar a Nova Friburgo”, declarou.

O lutador friburguense avaliou ainda sobre as chances de lutar pelo cinturão do Ultimate.

“As chances são boas de lutar pelo cinturão, vai ter uma luta no dia 4 de agosto, entre o TJ Dillashaw e o Cody Garbandt pelo cinturão e eu já fui convidado para assistir. E se fui chamado para estar lá é porque existem boas possibilidades. E nada nessa vida é por acaso, se eu cheguei até aqui é porque algo grande vai acontecer. E nessa luta passei por muita coisa e o combate durou 33 segundos. Muita gente fala que foi um confronto rápido, mas passamos por muita coisa como corte de peso e muitas horas de treino. Mas sempre que entro lá, lembro do povo de Nova Friburgo e faço tudo com muita força e carinho”, destacou, afirmando ainda que espera enfrentar o atual campeão TJ Dillashaw.

Questionado sobre a possibilidade realizar um outro combate antes de um possível duelo pelo título mundial, “The Magic” não titubeou.

“Eu preciso trabalhar e meu trabalho é lutar, e se eu não estiver no octógono, eu não recebo. Eu quero disputar o cinturão, acho que vale a pena esperar. Mas quem sabe eu não lute contra o Dominick Cruz em uma luta principal, acabei de fazer um evento principal e espero fazer um outro combate principal. Espero pelo cinturão, mas se tiver que fazer outro duelo, farei com toda a dedicação”, revelou.

O atleta peso galo comentou ainda sobre a rivalidade com o americano Jimmie Rivera e as polêmicas que envolveram a luta.

“A gente tem uma história e quando assinei com o UFC, ele seria meu primeiro adversário, e ele se negou a lutar comigo. Logo depois, tivemos outra oportunidade de duelar, mas o Rivera não aceitou. Ele iria lutar no dia 14 de dezembro e o oponente dele caiu. Me coloquei a disposição para enfrenta-lo, mas não nesse card. Eu estava acima do peso e tinha acabado de fazer duas lutas, a última, machucado. Não tinha como eu enfrentá-lo. Então, o UFC nos mandou o contrato de lutar no dia 23 de fevereiro, mas o Rivera alegou que ia para a lua de mel. Então o UFC pressionou e o combate aconteceu em junho. Em uma noite de autógrafos, ele me deu uma foto dizendo que estava deixando uma lembrança do futuro campeão do UFC. Pensei que poderia ser campeão, mas passar por mim seria difícil. Isso me motivou ainda mais”, contou.

Ele destacou ainda a importância de ter nomes como os lutadores do UFC, Eddie Alvarez, Edson Barboza e Frankie Edgard como parceiros de treinos e no seu time de treinadores, mas que a preparação para um combate é, por muitas vezes, solitária.

“Esses caras são craques do MMA, me ajudam bastante, mas tem uma hora que é só você, a dor é sua, o corte de peso é seu. E nesta luta, especificamente, foi bem difícil, teve alguns momentos em que pensei que não conseguiria. Mas no fim, deu tudo certo”, afirmou.

Ele comentou também sobre sua relação com a cidade e a idolatria que vem criando nas crianças da região.

“Comecei a treinar cedo e via o Anderson França lutando, ele sempre foi meu grande ídolo, é muito bacana você ver as coisas que seu ídolo faz e querer copiar, assim como via o Edson Barboza. Hoje, os vejo como lutadores, mas também como homens, e tento seguir o exemplo deles. Tenho lutadores que gosto de ver em ação, mas que nem sempre dão um bom exemplo. E atualmente ver que você tentou trilhar o caminho das suas inspirações e conseguir ser um pouco do que elas foram é gratificante. Espero ser um bom exemplo. Às vezes, tenho vontade de falar uma besteira, provocar o rival. Porém, eu sempre penso nos exemplos que estou dando para a crianças e os jovens”, concluiu.


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