Wilson Witzel: “Vamos criar um polo econômico para a Região Serrana”

Um ex-juiz federal e oficial da Marinha que pretende comandar com autoridade o Governo do Estado do Rio de Janeiro. Com a Segurança Pública como prioridade de governo, Wilson Witzel, candidato do PSC ao Governo do estado, concorre ao seu primeiro cargo na vida pública. Em entrevista ao Portal Multiplix, ele falou sobre seus planos para setores importantes para a vida do cidadão fluminense como Segurança, Saúde, Habitação, Esporte, e detalhou que pretende criar polos econômicos para a Região Serrana com foco na indústria, comércio têxtil, gastronômico e turístico, além de ampliar a desburocratização de setores locais.

“Vamos criar polos econômicos baseados nas características peculiares de cada região e garantir a infraestrutura e a segurança necessárias para um ambiente de negócios saudável. Vamos preservar o regime tributário hoje aplicado ao setor, ampliar a desburocratização, inclusive na criação de empresas, trazendo a AgeRio (agência estadual de economia mista que financia projetos de todos os portes) para apoiar esta proposta. No caso da Região Serrana, não há dúvida de que o polo econômico a ser criado terá como base a indústria e comércio têxtil, gastronômico e turístico”, revelou Witzel.

Na área de prevenção de desastres naturais, como a tragédia de 2011, e a preservação do Meio Ambiente, o candidato do PSC defende o combate à ocupação irregular de terrenos impróprios e investimento em infraestrutura.

“A Defesa Civil precisa estar atuante, em parceria com as prefeituras, para ordenar e impedir a ocupação irregular de terrenos impróprios para construção. Vamos ser bastante enérgicos nessa questão. Além disso, por meio de um grande projeto de reforma legislativa, vamos criar as condições necessárias para investimento maciço em infraestrutura através de parcerias público-privadas, já que a atual capacidade de investimento do Estado encontra-se muito reduzida. Com isso, o saneamento e o recolhimento de lixo, além da dragagem constante de rios e lagos, combinados com a fiscalização, impedirão, ou reduzirão drasticamente, a ocorrência de tragédias como a de 2011”, disse.

Na área de Segurança Pública, principal bandeira de seu programa de governo, o ex-juiz federal pretende enfrentar as ações do tráfico e das milícias, fortalecer as investigações e emparelhar as polícias, que seriam transformadas em forças tarefas como a Lava-Jato.

“Minha avaliação é a pior possível. O Governo perdeu a capacidade de gestão da área, tanto que foi necessária uma intervenção federal. No meu Governo, vamos trabalhar com pilares fundamentais: urbanização das comunidades, investigação constante e combate aos chefões do tráfico e da milícia, além de um programa para retirada de jovens de situação de risco. A Polícia Civil será aparelhada e estruturada por meio do modelo de força-tarefa, a exemplo da Operação Lava-Jato, para acabar com a lavagem de dinheiro que financia o crime. A Polícia Militar terá respaldo do governador para derrotar as gangues que assolam o nosso estado: será autorizada por mim e receberá toda a assistência jurídica necessária para alvejar quem continuar portando armas de uso exclusivo das forças armadas, em especial fuzis”, afirmou.

Ele ressaltou que pretende copiar o modelo da Operação Lava-Jato para todo o Rio de Janeiro.

“Essa é uma das nossas principais bandeiras na área da segurança. Vamos criar um modelo de força-tarefa nas polícias para investigação por temas e com blindagem de agentes. Vamos fazer esse modelo também na investigação administrativa, dentro do próprio Governo do Estado, além de implementar um grande pacote anticorrupção”, destacou.

O ex-magistrado detalhou ainda quais serão os seus planos para a manutenção das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que em um eventual governo ficará subordinada aos distritos policiais.

“Não vamos acabar com as UPPs, mas vamos subordiná-las aos chamados Distritos Policiais. Os Distritos serão as células-base de organização das polícias, sendo geridas pelo Delegado de Polícia e pelo Chefe do Batalhão da PM local, criando verdadeira sinergia entre as duas polícias, que passarão a trabalhar juntas. A intervenção federal veio como ajuda em um momento de completa confusão na gestão da segurança e valorizamos muito a parceria com as forças federais. No meu Governo pretendo garantir a continuidade dessa parceria, mas sob tutela de um Gabinete de Segurança chefiado pelo Governador”, completou.

Na habitação, aonde existem uma demanda de moradia para pessoas carentes e altos preços nos imóveis, Wilson Witzel pretende estruturar locais mais carentes do estado gerando segurança e estruturação dessas áreas.

“Embora esse seja um tema de atribuição pouco afeita ao Governo do Estado, pois o investimento normalmente vem do governo federal e o planejamento urbano é de competência municipal, temos um grande projeto na área de habitação que se entrelaça com a segurança pública: o projeto Comunidades Cidades. As comunidades mais empobrecidas do estado do Rio de Janeiro possuem ruas estreitas e têm baixíssimo fluxo de mobilidade urbana, gerando dificuldade para o Governo entrar e prestar serviços públicos essenciais para a população que tanto necessita, como educação, saúde e transporte público. A abertura e o alargamento de ruas possibilitarão a ronda contínua e a presença ininterrupta das forças policiais nessas comunidades, garantindo a paz social. Além disso, estão previstas a estruturação sanitária, a construção de prédios públicos para prestação de serviços e a verticalização dos imóveis, de forma que os moradores atingidos pelo projeto sejam realocados na própria comunidade”, explicou.