Romário: “Vamos criar incentivos para Nova Friburgo crescer ainda mais”

Dos campos para o Palácio Guanabara. Do alto de seus 1002 gols dentro de campo, Romário Faria (Podemos) busca uma de suas principais conquistas: virar Governador do Rio de Janeiro e tentar recuperar o território que tanto o aclamou enquanto jogador. Para isso, cita que o desafio é ajustar as contas públicas e oferecer serviços básicos de qualidade à população como saúde, educação e segurança.

Priorizando o combate à corrupção para recuperar o Executivo Estadual, Romário também tem planos para a Região Serrana: pretende criar incentivos e atender as necessidades da indústria e da população local. Também afirma que irá cobrar dos prefeitos que tomem providências para evitar tragédias como a de 2011. Após se eleger deputado federal em 2010 e senador em 2014, o Baixinho tenta levantar não apenas um Maracanã, mas todo o estado do Rio de Janeiro. Confira nesta entrevista exclusiva, as propostas de Romário para o principal cargo público do território fluminense. O senador elencou as razões que o fizeram buscar um cargo executivo.

“Porque ouvi muitas promessas de mudança e nenhuma delas foi realizada. Quando o Rio de Janeiro chega na situação em que está, acho que todo mundo tem que fazer a sua parte e a minha é concorrer a Governador e colocar a mão na massa. Estou na política desde 2010 e me sinto pronto para esse desafio. As pessoas conhecem o Romário jogador, mas também conhecem o Romário deputado federal e senador. Acredito que o meu trabalho na política é que vai influenciar o voto. Sou ficha limpa e não participo e nem participei dos esquemas que quebraram o Rio de Janeiro”, revelou.

Empregos em Nova Friburgo; Prevenção de tragédias climáticas

Romário acredita que os municípios do interior precisam crescer dentro de suas vocações e diz que vai oferecer condições para alavancar o crescimento da Região Serrana.

“As cidades têm que crescer dentro das suas vocações. Nova Friburgo é uma cidade muito importante para a economia do estado e precisa crescer ainda mais. Vamos criar incentivos, analisar as necessidades de logística, mão de obra, segurança, para atender as necessidades que a indústria e a população precisam”, declarou.

Para preservar o meio ambiente e evitar tragédias climáticas como a que aconteceu em 2011, que vitimou centenas de pessoas, o postulante ao Governo do Estado aposta em um trabalho de transparência com as Prefeituras.

“Essa é uma questão muito mais municipal que estadual, mas o estado não vai se omitir. Da mesma forma que serei transparente com o povo, quero que os prefeitos sejam comigo. Tragédias como aquela não podem se repetir e tudo que estiver ao meu alcance eu vou fazer para evitar”, destacou.

Corrupção

Uma das prioridades de um eventual governo de Romário deve ser o combate à corrupção.

“Meu governo será transparente. As pessoas vão saber onde o dinheiro está sendo aplicado de maneira muito simples, muito direta. A corrupção deixou o estado do jeito que está: falido. Se a gente não resgatar a responsabilidade fiscal, o Rio de Janeiro continuará inviável. Tudo que puder ser feito para combater a corrupção, será feito”, declarou.

Finanças

A crise financeira do estado levou o Rio de Janeiro à pedir ajuda à União, aderindo ao Regime de Recuperação Fiscal. Para Romário, o lema é apenas um: desperdício zero. Com o economista Guilherme Mercês, o objetivo é recuperar de vez as finanças estaduais.

“Tenho muita preocupação com esse tema. Tanto que já escolhi meu secretário de Fazenda, caso seja eleito. O economista Guilherme Mercês, que foi economista-chefe da Firjan, e vem trabalhando comigo no Programa de Governo. Meu lema é desperdício zero! A Lei de Responsabilidade Fiscal existe para termos essa consciência. O governo foi saqueado e a primeira medida que vou tomar é auditar os contratos. Principalmente na área da saúde, que foi uma das áreas que mais sofreu com a corrupção. Se a gente consegue fechar esses ralos, com certeza vamos recuperar as finanças do estado”, disse.

Segurança

O ex-atacante afirma que pretende manter 19 das 38 Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e confirma que irá adotar como medida de segurança, policiamento ostensivo nas ruas de todo o Rio de Janeiro. “Eu vou colocar polícia na rua. Quem mora no estado do Rio de Janeiro hoje vive com medo e isso tem que acabar. Vamos reduzir o número de UPPs e colocar o efetivo na rua. Com mais polícia na rua, com certeza vamos diminuir o número de assaltos, roubo de carga, roubo de carros”, disse.

Ele ainda ressaltou que a Intervenção Federal foi uma medida necessária devido à situação de descontrole que passava a segurança do estado.

“A intervenção foi necessária pelo momento que o Rio de Janeiro estava passando. Naquela situação de descontrole, foi uma medida importante. Agora, temos que usar o legado que eles vão deixar de maneira inteligente. Conversei com o general Braga Netto e vi que muito foi feito na área de treinamento e tecnologia. Temos que continuar esse trabalho”, concluiu.