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Marcelo Trindade promete investimento em inteligência na Segurança Pública e revolução digital na Saúde

Candidato ao Governo do Estado pelo Partido Novo detalha projetos sobre temas importantes para o território fluminense

Por Matheus Oliveira
16/08/18 - 15:16
Marcelo Trindade promete investimento em inteligência na Segurança Pública e revolução digital na Saúde Marcelo Trindade apresenta propostas sobre Saúde, Segurança e Geração de Empregos. | Foto: Divulgação /Marcos André Pinto

Com o início do período de propaganda eleitoral, o Portal Multiplix abre espaço para entrevistas com os candidatos a governador do estado do Rio de Janeiro, como forma de contribuir para o debate de ideias e propostas, e ajudar o eleitor fluminense a definir seu voto. As entrevistas serão divididas sempre em duas publicações.

O candidato ao Governo do Estado do Rio de Janeiro pelo Partido Novo, Marcelo Trindade, em entrevista ao Portal Multiplix, falou sobre seus planos sobre a geração de empregos, para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, Segurança Pública, Saúde e o diálogo com a Alerj.

O advogado carioca de 53 anos, revelou que vê o Estado induzindo o mercado ao desenvolvimento, mas sem criar obstáculos para a iniciativa privada. Desta forma, acredita que poderá aquecer novamente o mercado e a economia fluminense.

“O nosso modelo de desenvolvimento tem que partir da premissa de que cabe ao Estado exercer suas funções primordiais e, no mais, não atrapalhar a iniciativa privada em sua capacidade de produzir riqueza e emprego. É claro que ao estado cabe tomar medidas indutoras do desenvolvimento, removendo obstáculos, confiando no cidadão, articulando a formação de cadeias produtivas. Mas não cabe ao estado construir fábricas ou empresas. O Rio de Janeiro está prestes a ser beneficiado por mais um ciclo de preços ascendentes do petróleo. É uma indústria muito baseada na tecnologia, que investe em inovação. É na inovação e na economia criativa que o Rio de Janeiro tem que apostar para gerar emprego e renda, agora e no futuro”, destacou. “Temos algumas das melhores universidades do país, grandes pesquisadores, e todo esse campo de pensadores precisa ser mais permeável à parceria com empresas inovadoras. Não vamos competir para atrair indústria pesada e poluidora. Não é essa a vocação do Rio de Janeiro. Claro que podemos ter indústrias, principalmente no Sul do Estado, pela proximidade com São Paulo. Mas a nossa vocação principal, onde está o nosso futuro, é o desenvolvimento sustentável, limpo, baseado em alta produtividade e muita inteligência”, disse.

Retomada do Comperj

O candidato ainda detalhou que a má gestão no estado impediu a conclusão do Comperj, mas que a retomada poderá ajudar a gerar empregos e renda.

“A situação do Comperj é um grande e lamentável exemplo do que a má gestão estatal causada pela corrupção e pela megalomania pode causar. A Petrobras foi loteada por interesses sórdidos, mostrando que governos não podem ser empresários. É, aliás, o que diz a Constituição, que condiciona a atividade direta do Estado na economia a relevante e excepcional interesse público. Com a criação da ANP o interesse público brasileiro na indústria do petróleo pode e tem que ser protegido pela regulamentação da atividade econômica por aquela agência, não pela atuação de uma empresa controlada pelo Estado. Enquanto isso não acontece, a boa notícia é que as obras do Comperj estão sendo retomadas em parte e isso vai trazer mais empregos para a região. Ao governo estadual cabe fazer todos os esforços para atrair investimentos privados para a cadeia produtiva e para as obras de infraestrutura necessárias ao escoamento da produção e ao desenvolvimento do enorme potencial econômico dessa região”, revelou.

O Comperj é um empreendimento de abastecimento da Petrobras, em Itaboraí, com investimento inicial previsto de 8,4 bilhões de dólares. As obras começaram há dez anos, mas não conseguiu produzir matéria-prima, além de gerar um prejuízo de mais de 12,5 bilhões de dólares. A estatal brasileira decidiu então produzir óleo diesel e gasolina, mas as obras foram paralisadas, e estão sendo retomadas após parceria com uma empresa chinesa.

Segurança Pública

Marcelo viu como acertada a Intervenção Militar, pois segundo ele, a situação estava insustentável, mas defendeu trabalhar com metas e dar respaldo ao trabalho policial. “Foi um acerto porque a situação estava insustentável. O próprio estado admitiu a incapacidade de lidar com a violência nos níveis em que ela chegou no carnaval deste ano. Mas não é, naturalmente, uma solução definitiva, até porque o próximo Presidente da República não deve renovar a medida, pois ela impede a apreciação de projetos de emenda constitucional pelo Congresso. A segurança não terá solução enquanto continuarem politizando a atuação policial e a indicação dos comandantes das polícias militar e civil. Esses comandantes precisam ter a garantia, dada pelo governador, de que farão seu trabalho, terão autonomia e estabilidade para perseguir as metas traçadas sem correr o risco de serem abandonados à primeira crise ou pressão política. Isso é péssimo. Tivemos dez comandantes da PM em dez anos”, afirmou.

Ele também pregou que o investimento em inteligência e tecnologia irão mudar o atual cenário da Segurança Pública nacional.

“Mas isso não basta: investimento em inteligência e tecnologia deve ser prioritário, pois o bandido só vai pensar duas vezes antes de cometer um crime se ele tiver medo de ser preso. Se continuarmos com esses índices baixos de solução de crimes, sem capacidade de produzir provas para manter o bandido na prisão, ou se eles forem soltos mesmo quando presos em flagrante ou preventivamente, não adianta ficar discutindo aumento de pena. Se o bandido não tem medo de ser preso, tanto faz não cumprir cinco anos ou não cumprir cinquenta anos. O que precisamos é prendê-lo e mantê-lo longe da sociedade até que cumpra sua pena. Também precisamos generalizar a prática do trabalho do preso, e do ensino, para que ele saia de lá mais preparado para recomeçar a vida em outras bases, e não para fazer tudo ainda pior do que ele fez antes. Por fim, precisamos combater com tolerância zero a corrupção e as más práticas nas polícias. Tolerância zero nessa área também é fundamental para tirar o estado do Rio de Janeiro da situação dramática em que se encontra. Sem segurança não há turismo, não há atividade econômica, não há paz para trabalhar, estudar e viver”, contou.

Saúde

O ex-presidente do CVM também destacou que caso assuma o Palácio Guanabara pretende realizar uma revolução digital na Saúde, agilizando assim os processos e o atendimento à população. “Os municípios, principalmente a capital, e a União Federal, têm uma presença muito importante em nosso estado. Mas o estado tem um papel regulador muito importante. O papel do estado é principalmente regulador nessa área. O modelo atual de atenção é fragmentado, e o foco não está onde deveria: nos cuidados primários. A prevenção melhora a qualidade dos serviços de saúde, reduz os custos e o sofrimento da população. É preciso, permanentemente, treinar e capacitar a equipe para estar sempre antenada com o que existe de mais atual e eficiente em prevenção. O Partido Novo defende uma revolução digital na saúde no estado, com o uso intenso de tecnologia para melhorar os serviços à população. Com um registro único de saúde, disponível em aplicativos de celular para toda a população, o próprio paciente acompanha o andamento da solicitação. O registro único funciona como um passaporte para acesso ao sistema público e privado de saúde, permitindo acesso imediato à informação completa sobre o paciente e reduzindo desperdícios de tempo e recursos. Ele permite também a adoção de ferramentas de autocuidado, como lembretes para retorno de consultas e horários de remédios. O autocuidado faz uma diferença enorme no tratamento. Outra medida que pode melhorar muito o sistema é incentivar ações transversais de educação em saúde nas escolas, baseadas em plataformas digitais e redes sociais. Precisamos focar na prevenção e no estímulo à vida saudável, com prática de esportes e alimentação adequada”, avaliou.

Governabilidade

Por fim, ele revelou como pretende dialogar com a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

“Olha, eu não estou entre os pessimistas com essas eleições. Acho que os políticos têm um instinto de sobrevivência e saberão muito bem entender que algo mudou se alguém com um perfil tão diferente chegar lá. É claro que restará uma turma apegada à velha política, aos velhos métodos, que fará de tudo para as coisas continuarem como sempre. Do outro lado estarão os políticos renovados, comprometidos com o interesse público. Entre esses dois extremos haverá, como sempre, uma maioria que vai para onde o eleitor manda ir. E o eleitor, nesse cenário, terá ido para o lado da mudança completa. O problema atual é que os partidos indicam gestores que, na maioria das vezes, não têm nada a contribuir, não são especialistas. Pergunte a um servidor público se existe coisa pior do que ser chefiado por um gestor incompetente, que entra pela janela com o único objetivo de fazer política com aquele cargo, para não dizer coisa bem pior. Os servidores sabem do que eu estou falando. É hora de levar a administração pública a sério, parar com essa farra de indicações de pessoas incapazes de trabalhar para melhorar o atendimento à população. Não há contradição entre política e gestão, mas há enorme correlação: má política sempre gera má gestão; boa política quase sempre gera boa gestão”, concluiu.

Leia a primeira parte da entrevista com o candidato a governador, Marcelo Trindade (Novo). Confira aqui!


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