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Educação financeira: aprender desde cedo a poupar e a usar o dinheiro de forma correta

Técnicas são importantes para que crianças e adolescentes sejam menos impulsivos na vida adulta; Assunto pode ser incluído na grade curricular das escolas

Por Isadora Jaron
04/03/20 - 16:07
Educação financeira: aprender desde cedo a poupar e a usar o dinheiro de forma correta Educação financeira nos jovens ajuda a entender sobre o uso racional dos recursos | Foto: Banco de Imagem

Educação financeira nas escolas. Esse é um assunto que está sempre em pauta nos governos, escolas, conselhos estudantis e entre grupos de economistas e conselheiros financeiros. O tema é tão importante que já entrou na Base Nacional Comum Curricular, BNCC, e pode se tornar obrigatório nas escolas.

Mas será que trabalhar a educação financeira com crianças e adolescentes pode mesmo contribuir para formar cidadãos melhores e mais conscientes em relação ao gasto correto do dinheiro?

As facilidades de acesso aos créditos, cartões e produtos financeiros, que ajudam a fazer a economia girar, permitem que o consumo da população aumente consideravelmente. Esses artifícios usados de forma errônea e desenfreada, podem causar endividamento. Por isso, o professor de economia, Sidney Mathias, diz que é sim importante começar desde cedo a falar sobre o assunto.

“É tão importante, desde cedo, as crianças e jovens receberem informações acerca da relação antagônica entre poupança e consumo. Entender sobre o uso racional dos recursos disponíveis e a possibilidade de aumentar temporariamente o poder de compra através do crédito disponível no mercado, desde que de forma planejada e com objetivos claros”, destacou.

Para o educador e presidente do Conselho municipal de Educação de Nova Friburgo, Ricardo Lengruber, é importante que a educação financeira esteja inclusa dentro de várias disciplinas e fale sobre as noções de matemática financeira e também economia, inclusive sobre as moedas estrangeiras, poupanças e investimentos.

“Essas questões cabem ao longo do ensino fundamental e médio. São perfeitamente trabalháveis e necessárias ao longo da vida escolar. O recorte da matemática, que é cognitivo, específico e de outro lado de natureza filosófica, sociológica, comportamental, psicológica, atitudinal, ou seja, como as pessoas se relacionam com o dinheiro e o consumo consequente do dinheiro”, explicou.

Ainda de acordo com Sidney, a educação financeira não é tão complicada como parece e deve começar dentro de casa, com planejamentos e orçamentos.

“Não é um bicho de sete cabeças. O orçamento começa de casa. Existe o familiar, o pessoal e é importante a criança saber desde cedo que tem limites. O que dá para fazer com esse orçamento? E planejar o que dá para saber com a sobra do orçamento, com o que tiver de excedente no mês, guardar para os meses seguintes e depois com uma poupança acumulada ele consegue adquirir um item que estava querendo”, disse.

No Brasil, o assunto é discutido em projetos de leis municipais, estaduais e até nacionalmente que pedem a inclusão da matéria sobre educação financeira nas escolas. Segundo Ricardo, mais um assunto incluído na grade curricular não seria o ideal para se trabalhar em sala de aula.

“A mim não me é a simples inclusão de mais uma disciplina no currículo. Isso tornaria ainda mais sobrecarregado e obeso, geraria uma produção de material e o consumo decorrente de tudo isso, mas não necessariamente favoreceria um aprendizado melhor do tema. O ideal é que de fato esse tema seja um dos temas transversais, atravessando os conteúdos programáticos da escola brasileira de uma maneira geral”, destacou Ricardo.

Trabalhar de forma lúdica, descontraída, através de projetos de empreendedorismo são umas das dicas do professor de economia. Para ele, as crianças podem ser inseridas no mundo das finanças, sim.

“É recomendado que estas atividades se estendam para casa, onde as famílias devem participar e falar a criança de certas decisões sobre poupança e consumo. Ensinar que para obter algo é necessário abrir mão de outra coisa. Demonstrar que leva tempo até a renda guardada poder adquirir um determinado item desejado. E que quando se adquire algo além do seu limite financeiro, gera um endividamento que impede o consumo por um certo período”, finalizou Sidney.


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