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Priorizar dívidas e renegociação! Especialista dá dicas para resolver problemas financeiros

Veja como buscar condições favoráveis para renegociar dívidas em meio à crise potencializada pela pandemia do novo coronavírus

Por Matheus Oliveira
23/07/20 - 08:22
Priorizar dívidas e renegociação! Especialista dá dicas para resolver problemas financeiros Condições favoráveis podem ajudar no abatimento de dívidas em meio à pandemia do novo coronavírus | Foto: Banco de Imagem

A pandemia do novo coronavírus agravou uma crise financeira que abala não só o Brasil, mas todo o mundo. Assim, o endividamento aumentou e até quem pensou que poderia pagar uma dívida antiga teve problemas. Entretanto, algumas condições especiais apareceram e nossa reportagem ouviu um especialista para apontar dicas de como renegociar e quitar dívidas.

O professor de economia Sidney Mathias, de Nova Friburgo, aponta que muitas pessoas perderam o emprego e que empresários que precisaram manter seus estabelecimentos fechados tiveram perda de renda, gerando dívidas em maior ou menor escala.

Por isso, instituições financeiras e cursos de ensino realizaram promoções e prepararam condições especiais para que os cidadãos possam negociar.

“Os bancos, por exemplo, têm perdoado muitas dívidas, dado descontos e oferecido uma carência. Em algumas situações, a carência pode ser de trinta, sessenta, noventa, cento e vinte dias para começar a pagar uma parcela. Em outros casos, as parcelas de um financiamento ou algum empréstimo que você já tenha vem sendo suspensas”, explica Sidney.

Ele também lembra que locadores de imóveis também vêm oferecendo descontos para inquilinos se manterem nos locais e o contrato seguir em vigor.

“Esta é uma situação que se você tem um ponto comercial, principalmente, deve conseguir isso junto ao proprietário do imóvel. Vale buscar uma negociação e uma redução de cinquenta, sessenta ou setenta por cento no valor do aluguel durante algum período, enquanto você se restabeleça”, destaca.

Sobre as dívidas contraídas antes da pandemia, o especialista na área financeira aponta que é necessário usar outra lógica e realizar uma avaliação. Sendo necessário priorizar dívidas com as taxas de juros mais altas.

“Não se deve priorizar aquela que você deve um valor maior, mas a dívida que possui juros maiores. Então, se eu devo cinco mil pra uma um banco, numa linha de crédito que tem taxa de juros de dois por cento ao mês e devo dez mil pra outro banco e outra linha de crédito que de juros de um por cento ao mês, a minha prioridade pagar é a linha de crédito de cinco mil e que tem taxa de juros de dois por cento ao mês. “Então, quanto maior a taxa de juros, maior é a pressa que você tem pra pagar, porque a tendência é que isso vire uma bola de neve”, revela.

Sidney ainda apresenta outras dicas como:

  • Verificar o quanto você tem disponível para uma negociação – “Não adianta fazer uma negociação e depois não cumprir com ela. É pior ainda porque dificilmente se consegue outra negociação.”

  • Ser claro com os credores – “Então você separa esse valor para a negociação e você é muito claro com os credores: olha, eu tenho X reais por mês que eu posso usar pra pagar essa negociação e você vai quitando uma a uma de acordo com a sua possibilidade. Se não tiver dentro das suas possibilidades, basta dizer que você realmente não tem condições ainda e assim que tiver condições você vai fazer o acordo.”

  • Verificar contas que podem ser cortadas – Vale verificar e priorizar contas como as de energia elétrica e água que podem ser cortadas

  • Contas mais baratas - “Outras dívidas como colégio, faculdade, academias, coisas nesse sentido, bem serviço que você teoricamente não está usufruindo nesse período ou não vai usufruir nesse período, você vai trancar a faculdade, você vai trocar o seu filho de colégio, vai parar a academia, então de hoje você pode deixar pra negociar depois, não teria problema. Não é uma coisa tão urgente pra ser feita agora. Então, priorizar, analisar as dívidas mais caras. E com as contas mais baratas, é importante analisar aquelas que têm serviços essenciais que podem ser suspensos ou não dentro da sua possibilidade de renda”, conclui Sidney.

Por fim, uma última dica, é evitar compras por impulso. Comprar produtos apenas por bem-estar só deve ocorrer em caso de planejamento financeiro e de uma boa reserva.


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