Prévia do PIB indica recuo da economia de 3,34% em maio deste ano
Resultado do IBC-Br ocorreu devido à greve dos caminhoneiros
17/07/18 - 14:33
Considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta semana, indica que a economia brasileira recuou 3,34% em maio, na comparação com o mês de abril. O resultado foi alavancado, de acordo, com especialistas, pela greve dos caminhoneiros, que durou onze dias no quinto mês do ano, e paralisou o País, gerando problemas de desabastecimento de combustíveis e de insumos, como alimentos e medicamentos. Em relação ao ano passado, a queda fica em 1,54%. Em abril, o índice teve alta de 0,50% em relação a março.
Um dos mais afetados pela paralisação, o setor de serviços recuou 3,8%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já a indústria teve uma recessão de 10,9 % comparado ao quarto mês deste ano. Na avaliação geral deste ano, IBC-Br aponta que o PIB brasileiro teve alta de 0,73%. No valor acumulado de 12 meses, ou seja, desde maio de 2017, o crescimento é de 1,13%.
O IBC-Br é calculado de maneira diferente do PIB, produzido pelo IBGE. Enquanto o PIB leva em consideração todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia brasileira, a amostra do Banco Central inclui ainda dados para os setores de agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos. Ele é uma das ferramentas utilizadas para definir a taxa básica de juros do País (Selic).
De um modo geral, o IBC-Br é um indicador de tendência do PIB, entretanto, não é uma medida prévia do PIB. O IBC-Br não pode ser considerado uma prévia do PIB porque o dado oficial é muito mais complexo. As divergências na metodologia de cálculo dos dois indicadores refletem-se nos resultados.