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Por que as bolsas de valores operam em alta mesmo com a disseminação da covid-19?

Investidor friburguense revela os motivos para esse otimismo no mercado mesmo em meio ao aumento de casos do novo coronavírus

Por Matheus Oliveira
02/07/20 - 16:47
Por que as bolsas de valores operam em alta mesmo com a disseminação da covid-19? Bolsa volta a operar em alta após queda em escala global no começo da pandemia | Foto: Banco de Imagem

A pandemia do novo coronavírus, em seu momento inicial, em março deste ano, trouxe quedas nas bolsas e na confiança dos investidores. Entretanto, três meses depois, o cenário é outro: notícias de recuperação da confiança e bolsas em alta. Cabe destacar que, segundo estudo da All Country World Index MSCI, entre 10 de maio e 11 de junho, a Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira, teve a maior alta do mundo, de 38,17%.

Mas por que a situação mudou mesmo com a pandemia crescendo e os gastos governamentais aumentando por aqui? Para entender isso, conversamos com investidores friburguenses e consultores financeiros.

O assessor de Investimentos da Delta Inteligência Financeira, Pedro Magliano, detalha as razões para o crescimento das bolsas ao redor do mundo.

“Uma das medidas adotadas para conter os prejuízos econômicos foi a injeção de capital por parte do FED (Federal Reserve, o Banco Central estadunidense), o que gerou uma alta nos preços de ativos negociados em bolsa. Além disso, o otimismo gerado por essa decisão do FED e também com a reabertura do comércio ao redor do globo, as bolsas de valores experienciaram um rally de alta impressionante”, afirma, completando em seguida.

“Nós, investidores, devemos ficar atentos a esses momentos de otimismo ou desespero, pois da mesma forma que geram excelentes oportunidades, podem trazer prejuízos irreparáveis. Vale ressaltar que a bolsa reflete expectativas futuras de acordo com o valor da empresa. E quanto mais alto é o preço em relação ao valor, mais arriscada é a aquisição desse ativo”, declarou Pedro.

Já para Gabriel Alves, investidor friburguense e consultor financeiro da Delta, tal fato se explica porque muitas empresas sempre geram renda e possuem ações mais controladas, casos de gigantes com os bancos Itaú e Bradesco. Ao mesmo tempo, outras organizações podem ser incluídas na carteira do investidor para multiplicar renda.

“Existem empresas que vão estar na tua carteira para multiplicar o teu capital de acordo com o preço dessas ações ou empresas que vão manter suas ações mais estabilizadas como empresas maiores, como o Itaú, que é uma grande distribuidora de dividendos, assim como o Bradesco. Estas são empresas já estabilizadas, que têm uma variação do preço um pouco mais controlada do que pequenas empresas”, explica.

Uma carteira de investimento é dividida por caixas, venda fixa e mercado de ações. Já o perfil do investidor, que varia entre conservador, moderado e arrojado, onde se varia a alíquota de investimento em renda fixa, variável ou um equilíbrio.

“Então, se isso entra logo no planejamento da carteira, você pode escolher uma empresa que tem um potencial de valorização de preço de mercado muito alto e aí você vai ter um capital ali apenas para se multiplicar. Assim, é fundamental avaliar quais empresas vão estar no seu planejamento para gerar renda e multiplicar o valor da ação”, declara.

Gabriel revela que investir é fundamental para conseguir uma valorização futura. Ele cita o próprio exemplo, dizendo que teve perdas grandes no início da pandemia, mas recuperou o investimento, por seguir investindo, mesmo com exposição de risco.

“Eu tive o meu, não que eu não tenha previsto meu prejuízo, mas não vendi minhas ações, por mais que elas tivessem caído, eu cheguei a ter uma carteira passando dos 30% de rentabilidade negativa, chegou a 37 ou 38% de rentabilidade negativa e continuei adquirindo ainda mais ativos com o caixa que eu tinha. Essa variação foi muito grande, porque eu tenho uma exposição em renda variável, maior do que a média”, declara.

Agora, Gabriel destaca que já recuperou todo o prejuízo e, além disso, já conseguiu uma rentabilidade maior do capital que ele possuía anteriormente.

“Este capital que tenho hoje é maior que o investido quando eu tinha antes da pandemia”, destaca.

O profissional do setor financeiro deixa ainda uma dica importante para quem deseja investir no mercado de ações: saber o momento certo para fazer tal ação.

“Primeiro ponto que devemos ficar atentos é quando todo mundo está fugindo da bolsa e ela está em baixa. Neste momento, as empresas estão tentando se manter. Então, você pode escolher uma boa empresa, com capacidade de caixa e dívidas controladas para passar este período. Assim, quando a bolsa estiver em alta, adquirindo ainda mais ações dessas empresas, o investidor já gerou renda e essas ações passaram por uma valorização”, destaca.

Por fim, ele afirma que este período de alta não é o melhor momento para entrar no mercado.

“Agora que está todo mundo querendo voltar pra bolsa, ela está em alta e este é um momento ruim de entrada. É importante a gente entender se vai haver alguma correção ou queda nos próximos meses ou semanas para avaliar uma nova possibilidade de entrada”, finaliza.


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