Perspectivas 2020: o que esperar da economia no próximo ano?

Um ano de ajustes e que deve demonstrar um pequeno crescimento e impactar uma leve melhora na geração de emprego. Estas devem ser as perspectivas econômicas para o ano de 2020, segundo o economista friburguense Marcus Randazzo.

O profissional da área financeira destaca que no próximo ano o Produto Interno Bruto (PIB) (que soma todos os bens e serviços produzidos no país em um determinado período, medindo a evolução da economia), pode alcançar o dobro do resultado deste ano. Entretanto, ele faz uma ressalva.

“As perspectivas para 2020 são melhores. Isso favorece o crescimento do número de empregos, mesmo que ainda não significativo, pois 2020 é um ano em que o governo está terminando de fazer alguns ajustes na economia”, afirma.

Vale lembrar que na comparação entre o 2º e o 3º trimestres deste ano, o PIB teve um crescimento de 0,6%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) neste mês.

Já em comparação com o 3 º trimestre do ano passado, o crescimento foi de 1,2%. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta do PIB é de 1%. Já nos nove primeiros meses de 2019, o PIB também registrou alta de 1%.

Ele destaca que o setor industrial vem crescendo e deve manter este ritmo em 2020.

“Então, a gente não espera um impacto muito forte do aumento do PIB na empregabilidade. A indústria brasileira está crescendo, assim como vem atraindo investimentos, inclusive com a injeção de capital estrangeiro, favorecendo tanto o setor industrial quanto o de serviços”, revela.

Na economia local, ele acredita que ajustes feitos pelo governo estadual devem ajudar a aquecer alguns setores.

“A indústria friburguense deve crescer, em função de alguns ajustes que o Governo do Estado fez com a indústria metal mecânica, por exemplo, como a diminuição do ICMS. Então, esperamos ver a indústria retomando sua força. A construção civil também começa a demonstrar crescimento. Então, as expectativas são bem razoáveis. Mas só devemos ter resultados muito bons a partir de 2021, colhendo esses ajustes feitos pela equipe econômica do governo federal”, declara.