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Grupo de friburguenses atravessa o maior deserto de sal do mundo

Salar de Uyuni é situado nos andes bolivianos. Conheça o grupo e como foi a travessia

Por Paula Winter
21/01/20 - 09:32
Grupo de friburguenses atravessa o maior deserto de sal do mundo Grupo de Nova Friburgo, na Região Serrana, comemora sucesso da expedição | Foto: Divulgação

Uma aventura de tirar, literalmente, o fôlego! Depois de realizarem a travessia Gelo Continental Sul, na Patagônia, os friburguenses Paulo Alexandre Wenderrosky, Jeferson Borges Machado, Marcelo Chiesa Xavier e Wallace Mozer embarcaram para atravessar o maior deserto de sal do mundo.

O Salar de Uyuni é situado nos andes bolivianos, com altitudes que variam entre 3300 e 5000 metros de altitude, com extensão de mais de 12 mil quilômetros. O local é um dos pontos turísticos mais procurados pelos aventureiros na América do Sul, de acordo com o site especializado em turismo Melhores Destinos.

Mas ao invés de descansar em hotéis ou hostels, o grupo de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, decidiu por uma viagem diferente.

“Nós queríamos acampar, viver essa experiência, sentir o calor do dia e o frio congelante da noite. Fechado o transporte e guia, preparamos tudo para uma experiência inesquecível que estava começando em nossas vidas. Compramos mantimentos, muita água, e tudo mais o que era preciso para se lançar nesse desafio”, comentam.

O roteiro estava programado em quatro dias e três noites. Fizeram parte da paisagem um cemitério de trens, a praça das Bandeiras, onde marcava a passagem do antigo Rally Dacar na região, a Gruta de Coquesa e o vulcão Tunupa.

No segundo dia, a passagem foi pela Ilha dos Cactos Gigantes, a Incahuasi. No caminho, após a parada para hidratação, o vulcão ativo Ollague, com 5870 metros, enfeitava o cenário. O trajeto contou ainda com a Laguna Edionda, Laguna Colorado até chegarem aos Geysers Sol de la Mañana.

“Esse local fica numa região geotérmica, com altitude entre 4800 e 5000 metros de altura, o que é o bastante para sentirmos o ar rarefeito. As fumarolas que se projetam do interior da terra, é algo magnifico, um cheiro de enxofre muito forte, e ao mesmo tempo frio devido a altitude. Todo esse fenômeno é resultado de atividades vulcânicas a centenas de metros abaixo da superfície”, ressaltam.

O passeio foi marcado ainda pelo Deserto de Dalí, o vulcão Licancabur, a cidade de Viamar, finalizando a travessia no grande cânion, El Mirador. E mesmo depois de dias no deserto extremamente seco, o grupo retornou a capital da Bolívia, La Paz, apenas para se prepararem para mais um desafio: subir as montanhas bolivianas.

“Como preparação, ou que chamamos de aclimatação, isto é, período que o corpo precisa para se adaptar a falta de oxigênio, o ar rarefeiro, escolhemos uma montanha chamada Chacaltaya, com 5400 metros de altitude. Nesta montanha existia uma pista de ski, muito conhecida por sua altitude, mas que pelo aquecimento global foi perdendo suas geleiras e hoje é desativada por isso”, comentam.

Esse caso chamou a atenção dos montanhistas.

“A antiga estação (de esqui), que se tornou conhecida mundialmente como a mais alta estação do planeta, hoje é apenas um ponto turístico, pois não existe mais neve para esquiar. Não sei até onde nós humanos temos influência sobre esses fenômenos, mas o que posso afirmar que é assustador ver espaços gigantescos e vazios e saber que ali existia um Glaciar”.

Chacaltaya: aquecimento global transformou antiga estação de esqui Chacaltaya: aquecimento global transformou antiga estação de esqui | Foto: Divulgação

A aventura foi finalizada em uma região mais afastada conhecida como Zongo. O objetivo era o cume do Huyana Potosi, com 6088 metros. Foi preciso uma preparação mais intensa, com técnicas de escalada de gelo.

“Ravier e Jeferson junto com nosso guia partiram para o ataque ao cume. Saíram à meia noite, um frio congelante, escuridão, cansaço, mas a vontade foi maior que tudo, e chegaram ao cume as 7 da manhã, infelizmente os registros foram perdidos com a queda da câmera. Eu e Wallace ficamos no campo alto, como apoio”, explica Paulo.

Huyana Potosi, com 6088 metros, vista de sua base Huyana Potosi, com 6088 metros, vista de sua base | Foto: Divulgação

A expedição durou cerca de 16 dias, começando no dia 14 de dezembro de 2019, retornando ao Brasil no início deste mês. De volta à Nova Friburgo, o descanso vai ser prioridade por pouco tempo, já que em breve o grupo começa a preparação para mais um feito inédito: a Expedição do Fim do Mundo, passando pela Ilha Navarino, Porto Williams e a Antártida.


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