Cantagalo: fé e tradição reúnem fiéis nos distritos da cidade
Tradicional procissão homenageia Santa Rita de Cássia
23/05/19 - 11:27
Todo dia 22 de maio começa bem cedo para os moradores e peregrinos em Euclidelândia e Santa Rita da Floresta, distritos do município de Cantagalo, Região Serrana do Rio. A alvorada, às 5 da manhã, marca o começo das comemorações e homenagens a Santa Rita de Cássia, a santa das causas impossíveis, padroeira das localidades.
A data, que é um dos feriados oficiais da cidade, começa a ser comemorada dias antes. São diversas atividades culturais e religiosas em reverência à santa. O evento mais importante é a tradicional procissão luminosa no entardecer do dia 22, reunindo milhares de pessoas vindas de várias cidades do Rio, e também de outros estados, para homenagear e agradecer a Santa Rita pela intercessão e também para pedir o intermédio dela para alcançar graças.
Algumas pessoas dos distritos têm a festa como uma tradição familiar, como é o caso da professora Sônia Machado, de Euclidelândia. “Desde criança eu participo de toda a festa com minha família e sempre recebemos muitas graças da santa. Sou devota e ajudei por muito tempo a organizar a procissão. Recebemos pessoas de todos os cantos, independente do dia da semana em que o 22 de maio caia. Elas vêm em excursões ou sozinhas, e são sempre bem recebidas por todos aqui. A festa também é uma oportunidade para a caridade, pois muitos fiéis fazem doações para a paróquia. Essa é uma festa tão importante que estamos reunindo assinaturas para que a procissão passe a ser considerada um patrimônio cultural da cidade”, relata a professora.
Devotos na noite de quarta-feira, 22, durante procissão no distrito de Euclidelândia | Foto: Divulgação/Assessoria de Cultura da Prefeitura de Cantagalo
As histórias de graças alcançadas são inúmeras, como a da funcionária pública Suely Marine, moradora da cidade vizinha, Cordeiro. No dia de Santa Rita, no ano de 2006, Suely descobriu um cisto nos rins. Após uma cirurgia, que retirou o quisto e um dos órgãos, foi confirmado o diagnóstico de câncer. “Quando descobri que era um câncer, fiz uma promessa a Santa Rita: que eu acompanharia a procissão enquanto estivesse viva. Graças a Deus e a ela estou curada e bem. Desde então, todo ano vou à procissão agradecer”, conta Suely.
As comemorações continuam até domingo nas paróquias de Santa Rita do Rio Negro, em Euclidelândia, e Santa Rita de Cássia, em Santa Rita da Floresta.