Defensoria Pública cria canal de denúncias contra violência obstétrica
Iniciativa acontece em parceria com a Associação de Doulas do Rio de Janeiro
03/09/19 - 14:32
Uma medida de cuidado e segurança para as gestantes no Brasil. Nesta terça-feira, dia 3 de setembro, a Defensoria Pública do estado (DPRJ) firmou uma parceria com a Associação de Doulas do Rio de Janeiro (AdoulasRJ) para o lançamento de uma cartilha informativa e de um canal de denúncias contra a violência obstétrica.
A iniciativa chega com o objetivo de “promover capacitação técnica, difusão de informação de qualidade sobre o ciclo gravídico-puerperal e acompanhamento das demandas jurídicas motivadas, principalmente, por práticas de violência obstétrica e de racismo que chegam à instituição”, como destacado no site oficial da Defensoria Pública do Rio.
É importante lembrar que a violência obstétrica pode aparecer de forma física, quando machuca a mãe ou o bebê no processo de parto, e também emocional, como humilhações e desrespeito com a grávida. A cartilha Gestação, Parto e Puerpério - Conheça seus Direitos! vai trazer informações sobre a atuação das doulas, profissionais que oferecem, à família que está grávida, suporte emocional e físico durante a gravidez e na hora do parto.
Informações divulgadas em pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo, em parceria com o Sesc, mostram que uma em cada quatro mulheres já sofreram algum tipo de violência durante o parto. Essas vítimas, a partir desta terça-feira, podem fazer as denúncias de casos de violência obstétrica através do site www.violenciaobstetricafale.com.br. As mensagens recebidas no site serão diretamente encaminhadas para o Núcleo de Defesa dos Direito da Mulher Vítima de Violência de Gênero (NUDEM).
Matilde Alonso, que é subcoordenadora de Defesa dos Direitos da Mulher da DPRJ, acredita que o lançamento da cartilha e do canal de denúncias é uma forma de colaborar com a segurança de mulheres que já foram vítimas de violência, além de ajudar na prevenção.
“É importante que um órgão qualificado possa receber e identificar casos de violência obstétrica. A iniciativa é fundamental para prevenir e combater as diversas formas de violências de gênero que acontecem durante a gestação, o parto e o puerpério”, ressalta.