Prefeitura de Friburgo volta atrás na contratação de 200 servidores por meio salário mínimo
Projeto foi retirado da pauta desta terça-feira, 17, e deve ocorrer em agosto; vereadores se mostram contrários à proposta
17/07/18 - 17:34
A Prefeitura de Nova Friburgo enviou para a Câmara de Vereadores uma proposta pedindo autorização para contratar até 200 funcionários temporários para atender demandas da Educação. O salário oferecido é de R$ 487,38, o que equivale a meio salário mínimo. A medida seria votada na sessão do Legislativo desta terça-feira, dia 17 de julho, em sessão extraordinária, mas foi retirada da pauta. Segundo o Executivo, o projeto deve ser votado apenas em agosto.
A justificativa da Prefeitura para o baixo salário oferecido é que os eventuais contratados trabalhariam por meio expediente, ou seja, quatro horas e meia. Segundo o Executivo, os temporários seriam contratados de acordo com o que rege a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), por um período de seis meses em processo seletivo simplificado, podendo ser prorrogado por mais seis meses. A função seria para mediador educacional, com o objetivo de auxiliar os professores no acompanhamento dos estudantes da rede pública com necessidades.
A oposição na Câmara se manifestou a respeito da proposta. O vereador Johnny Maycon (PRB) informou, em suas redes sociais, voto contrário ao projeto.
“Me manifestarei contra a proposta do Governo Municipal, pois no meu entendimento, esse projeto é imoral e ilegal. Os requisitos para a contratação dos profissionais é ter nível médio ou superior, como em Pedagogia, por exemplo. Na minha opinião, é uma humilhação, a pessoa que fez Ensino Médio e depois, Formação de Professores, ou cursou Pedagogia ganhar apenas R$487,38”, disse.
O vereador Zezinho do Caminhão (PSOL), presidente da Comissão de Apoio aos Servidores Públicos, também se mostrou contrário ao mérito.
“Sou presidente da Comissão de Apoio ao Servidor e falarei contra a pauta. Vou convencer os meus pares a rejeitar o projeto. Se eles aprovarem vou denunciar o governo e a Câmara ao Ministério Público do Trabalho. É um absurdo”, disse Zezinho.