Nova Friburgo: moradores devem retornar para casas interditadas no Jardim Califórnia em dois meses
Secretário de Defesa Civil do município, Robson Teixeira, explica procedimento adotado para liberar acesso às residências
10/12/20 - 10:17
As chuvas que castigaram Nova Friburgo nesta semana causaram transtornos aos moradores da cidade da Região Serrana. Apesar de não ter sido tão atingido pelo temporal da madrugada de terça-feira, dia 8 de dezembro, uma situação gera preocupação: o bairro Jardim Califórnia.
Segundo o secretário de Defesa Civil de Nova Friburgo, Robson Teixeira, as últimas 20 casas interditadas da localidade devem ser liberadas em, no máximo, dois meses.
Deslizamentos de terra provocaram a interdição de 70 casas na área em novembro.
Chuvas em Novembro
No dia 16 de novembro, as chuvas que atingiram Nova Friburgo deixaram 10 pessoas desalojadas e quatro casas interditadas (nos bairros Floresta, Jardim Ouro Preto, Girassol e Califórnia), segundo a Defesa Civil do município. No Jardim Califórnia, as famílias que estavam sob ameaça de quedas de barreiras tiveram que deixar os imóveis localizados no bairro.
Uma semana depois, a Defesa Civil de Nova Friburgo e a equipe do Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro (DRM-RJ) realizaram um novo estudo nas ruas do bairro Jardim Califórnia e desinterditaram praticamente toda a rua Ercy Guimarães e parte da rua José Rodrigues Correa, o que possibilitou o retorno de algumas famílias para as residências.
Coletiva da Defesa Civil
Em entrevista coletiva concedida à imprensa na última segunda-feira, 7 de dezembro, o secretário da Defesa Civil destacou os procedimentos realizados no local:
“Interditamos 70 imóveis assim que houve o deslizamento e já liberamos um total de 50 casas. Conseguimos reduzir a área de escape de um possível novo deslizamento nas laterais. Além disso, junto com a Secretaria de Assistência Social, os moradores que ainda não retornaram às respectivas residências estão próximos de conseguir o acesso ao auxílio emergencial”.
Robson acrescentou que outras medidas devem ser tomadas no local:
“Vale lembrar que aquele local é um local privado e aquela encosta sofreu deslizamentos na tragédia de 2011, sendo classificada como uma área de risco remanescente. Após esta última ocorrência, sugerimos ao proprietário o redimensionamento da área do sistema de drenagem que já existia, mas será aumentado. Por iniciativa própria, ele está plantando Vetiver, que é uma raiz de até seis metros de profundidade que entra na terra e favorece a estabilidade do talude”.
Por fim, Robson ressaltou que assim que um novo laudo do DRM for emitido, as famílias terão suas casas desinterditadas e poderão voltar para suas casas.
“Claro que esta questão de obra é imprevisível, mas trabalhamos com um prazo de que, em até dois meses, as pessoas possam estar voltando para suas residências. Mesmo assim, vale ressaltar que estas pessoas devem seguir atentas às recomendações da Defesa Civil”, concluiu.
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