Mães do século XXI: como criar um filho em um mundo tecnológico
Como a internet ajudou a facilitar e desmistificar a maternidade
10/05/19 - 17:02
Em 2017, último ano com dados disponíveis, o Brasil ganhou 2,87 milhões de bebês de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento nesse número reflete diretamente no aumento de mães. Com essas novas genitoras dúvidas e incertezas geram preocupações que nem sempre podem ser sanadas por pediatras e especialistas, o que as leva a pesquisar sobre diversos assuntos na internet, desde marcas de fraldas até de que forma a introdução alimentar deve ocorrer.
Camila Santos, estudante de jornalismo, tem uma filha, Lua, de um ano e seis meses, conta que parte de sua experiência como mãe foi adquirida conversando pela internet com outras mulheres na mesma situação.
“Na internet temos facilidades. É uma ferramenta para encontrar pessoas na mesma situação e que podem me apoiar com dicas para solucionar alguns desafios que surgem no dia a dia”, afirma.
Por sua vez, Gabrielle Vidal, estudante de medicina veterinária, mãe da pequena Maria Eduarda, de um ano, diz que compartilhar o que aprende na internet a faz a crer que quanto mais conscientização houver, melhor o mundo será.
“A internet me ajudou muito porque, antes de engravidar, eu não entendia absolutamente nada sobre gravidez, parto, amamentação, criação, alimentação, e, após descobrir que teria um filho comecei a pesquisar. Se não fosse pela rede eu não saberia nem um terço do que sei hoje”, assegura Gabrielle, que diz se basear em evidências científicas e fontes confiáveis para a adaptação da rotina e criação de sua filha.
Lua em seu ensaio do primeiro aninho | Foto: Baby Kids Fotografia
A maternidade nua e crua
Gabrielle e Camila são mães de primeira viagem, o que, às vezes pode dificultar ainda mais a rotina de quem tem um bebê, casa e estudos para conciliar. Mas ambas acreditam que a maternidade no século XXI, apesar de trazer dificuldades, também traz grande satisfação.
“Ser mãe atualmente é quebrar barreiras, tanto físicas quanto emocionais. Estamos cada vez mais cheias de obrigações, e, nessa correria, temos que fazer muita coisa em pouco tempo, existe muita cobrança, tanto para ser uma boa mãe, quanto para ser uma boa profissional, amiga, namorada, uma boa funcionária... A rotina é difícil. Mas a gente sempre consegue!”, diz Gabrielle.
O especialista
Diferentes abordagens podem ser utilizadas na criação e educação das crianças, por isso é sempre recomendado que o pediatra que irá acompanhar o bebê esteja alinhado diretamente com os ideais dos pais, para que a experiência da maternidade seja segura e confortável para mães e filhos.
O pediatra Fernando Ramalho Guimarães recomenda que as mães tenham sempre um profissional para sanar suas dúvidas de forma segura, apesar de indicar a pesquisa como forma de adquirir conhecimento.
“Frente a frente com um pediatra ela pode corrigir informações que talvez tenha captado errado […]. É possível, sim, recorrer a internet, mas que haja o cuidado sempre ao se adquirir informações de forma definitiva.”