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Futuro da Praça Getúlio Vargas será discutido na OAB de Friburgo nesta segunda

Audiência vai discutir o projeto de readequação com a presença de dois palestrantes que falarão sobre tombamento e intervenções paisagísticas

Por Matheus Oliveira
14/12/18 - 09:23
Futuro da Praça Getúlio Vargas será discutido na OAB de Friburgo nesta segunda Praça Getúlio Vargas é alvo de discussão sobre seu futuro e sobre o projeto de readequação proposto pelo Executivo | Foto: João Luccas Oliveira

Visando discutir o futuro de um dos principais pontos turísticos e patrimônio histórico da cidade, a 9 ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Nova Friburgo, irá receber em seu auditório, situado na Praça Getúlio Vargas, número 89 (fundos), dois especialistas paras falar a respeito dos projetos previstos para a Praça Getúlio Vargas.

O evento acontece nesta segunda-feira, dia 17 de dezembro, a partir das 18h. A organização é do movimento SOS Praça Getúlio Vargas, que também vai realizar uma vistoria na praça na próxima terça, 18, a partir das 9h.

A atual presidente da OAB Nova Friburgo, Mônica Thereza Bonin Leal, comentou sobre o objetivo do evento.

“Nosso intuito é manter a discussão a respeito do futuro deste importante ponto turístico da cidade de Nova Friburgo. Já tínhamos a pretensão trazer o Carlos e Antonio para falar sobre paisagismo e tombamento, e agora conseguimos”, afirmou.

Palestras

No encontro, irão palestrar o arquiteto pioneiro em jardins históricos e paisagens, Carlos Fernando Delphim, com o tema “Intervenções e proteção de jardins históricos”.

Delphim foi criador do Programa Jardins Históricos na Fundação Nacional Pró-Memória (1985- 1990), sendo autor do primeiro manual de intervenções em jardins históricos no Brasil. Além disso, foi membro-suplente da Comissão “O Homem e a Biosfera” da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e Conselheiro Titular decano no Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) como Representante do Ministério da Cultura.

O arquiteto emitiu pareceres sobre inclusão de paisagens na Lista de Patrimônio Mundial da Unesco, como as florestas tropicais úmidas de Queensland, Austrália, adotado como a posição oficial do Brasil.

Em seguida, será a vez do urbanista Antonio Hoyuele Jayo, consultor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e da Unesco discursar sobre o tema “Tombamento: Patrimônio Cultural x Patrimônio Nacional”.

O profissional é graduado em Arquitetura pela Universidad de Valladolid (1994) e possui título de Arquiteto e Urbanista revalidado pela UFMG (2015). É também doutor e mestre em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Valladolid.

Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Planejamento e Projeto do Espaço Urbano, atuando principalmente nos seguintes temas: sig sistemas de informações geográficas, plano diretor, convenção europeia da paisagem, sustentabilidade e planejamento.

Projeto

Vale lembrar que, em 2015, a Prefeitura de Nova Friburgo assinou um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público e com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) com o objetivo de regulamentar o corte e poda de árvores na praça.

Dentro do TAC, a Prefeitura elaborou um projeto de requalificação do espaço. Segundo o conselheiro da OAB, Rafael Borges, o projeto prevê a divisão da praça em três espaços e permissão para a instalação de quiosques comerciais. As obras estariam previstas para começar em março de 2019.

No fim de agosto deste ano, a OAB de Nova Friburgo realizou uma audiência pública para discutir a projeto de reformulação da praça. De acordo com o grupo de trabalho criado em agosto para estudar as medidas a serem adotadas no projeto, existe a possibilidade de uma escavação ser feita no local para recuperar itens históricos como os tanques projetados pelo artista francês Auguste François Marie Glaziou.

Aos termos do TAC foram adicionados três aditivos que visam: destinação da madeira dos eucaliptos cortados em 2014 para utilização social e cultural, a retirada dos tocos dos eucaliptos cortados e plantio de árvores da mesma espécie no local e captação de recursos para colocar em prática o projeto de reforma do espaço.


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