Empresário de Friburgo é alvo de operação contra milicianos que exploram mercado imobiliário na Muzema, no RJ
De acordo com a polícia, homem também é advogado e ‘injeta dinheiro' em empresas que atuam na exploração ilegal de imóveis na Zona Oeste
28/04/22 - 12:04
Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, foi alvo da operação ‘Caixa de Areia 2’ da Polícia Civil, por meio do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD) nesta quinta-feira, 28. A ação acontece também em diversos bairros do Rio.
Segundo a Polícia Civil, um advogado e empresário que tinha a função de "injetar dinheiro nos imóveis ilegais da milícia é investigado na serra, após ter sido constatada movimentações atípicas nos seus negócios, com indícios de lavagem de dinheiro".
Ainda de acordo com a polícia, a ação desta quinta-feira tem como foco a obtenção de novas provas, a partir de apreensão de documentos, escrituras de imóveis, telefones celulares e demais aparelhos eletrônicos; tendo em vista a investigação do uso de pessoas interpostas, os chamados “laranjas”, e empresas de fachada, tais como imobiliárias, construtoras, lojas de material de construção, açougues, entre outras.
Em Nova Friburgo, apenas um mandado foi cumprido em uma casa de campo. A informação foi passada pela Polícia Civil para a produção do Portal Multiplix, que aguarda outras informações sobre o suspeito e as investigações na cidade.
A operação acontece também em diferentes bairros da capital. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada, com atuação da 1ª Promotoria Especializada de Investigação Penal. Os alvos já foram denunciados em razão da prática ilegal.
Operação Caixa de Areia 2
O objetivo é cumprir 16 mandados de busca e apreensão contra integrantes da milícia e empresas que atuam na exploração ilegal de imóveis na Muzema, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
A ação faz parte do Cidade Integrada, programa do governo do estado para a retomada de territórios, e conta com apoio do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE).
As investigações apontam que as empresas alvos da operação são utilizadas por supostos empresários do ramo imobiliário para lavagem de dinheiro do esquema criminoso. Também foi constatado, que os suspeitos movimentaram recursos incompatíveis com a capacidade financeira declarada, com ingresso de grande quantidade de dinheiro “vivo” em contas bancárias, totalizando cerca de R$ 100 milhões.
A primeira fase da operação aconteceu em maio do ano passado. Na ocasião, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, além do bloqueio judicial de mais de R$ 10 milhões de contas bancárias dos envolvidos.
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