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Carnaval sem assédio: a importância de ouvir (e respeitar) um “não”

Dossiê Mulher aponta casos de violência sexual na Região Serrana; Campanha “Não é Não” se espalha pelo Brasil

Por Isadora Jaron
19/02/20 - 10:14
Carnaval sem assédio: a importância de ouvir (e respeitar) um “não” Campanha Não é Não chega em 15 estados brasileiros | Foto: Reprodução/ Não é Não

Os crimes de violência contra a mulher, seja física ou sexual, se ampliam durante o Carnaval. São várias histórias que surgem nas redes sociais e nos canais de comunicação de denúncias, como casos de intolerância, assédio e machismo contra a mulher. No Brasil o problema é maior.

Em 2017 um grupo de mulheres distribuiu tatuagens temporárias a mulheres na folia, com os dizeres Não é Não, para dar um chega nos assédios nos espaços públicos, principalmente nesta época. A campanha, iniciada na capital fluminense, foi tão bem aceita que hoje se estende a 15 estados brasileiros.

No Carnaval daquele mesmo ano, na Operação Carnaval, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro registrou 15.943 ocorrências no telefone 190, sendo que 13,5% delas foram em decorrência a violência contra a mulher. A psicóloga Gabriela Carvalho adora a festa de Momo e destaca que as mulheres devem estar unidas no combate ao assédio.

“É importante que todos entendam que o assédio é crime. E que alguns homens entendam a importância do respeito, e que saber escutar um “não” é uma atitude admirável. É difícil ser mulher na sociedade atual, não devíamos estar nos protegendo de assediadores, devíamos estar culpando aquele que assedia, por isso precisamos tocar nesses assuntos, precisamos ouvir e ser ouvidas”, disse Gabriela.

Em Teresópolis, em 2018, foram registrados 15 casos de violência sexual contra a mulher, de acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP), dossiê mulher. Já Nova Friburgo teve dois casos de estupro registrados na mesma época.

O ato libidinoso contra o outro que tem o objetivo de satisfazer o próprio desejo e de terceiros é uma importunação sexual, com pena de 1 a 5 anos prevista na lei. A mulher não tem culpa e o seu corpo não é livre, somente para ela mesma.

“Tenho muito medo de ser assediada e acho que toda mulher tem esse medo. Pra, infelizmente, evitar o assédio no Carnaval eu sempre tento estar em grupo ou em dupla, como pra ir ao banheiro, por exemplo. Caso nos percamos estaremos com alguém e podemos curtir o fim do bloquinho e depois ir pra casa, onde a chave está disponível pra quem chegar primeiro”, finaliza a psicóloga.

A publicitária Stella Browne complementa.

“As mulheres ainda têm que se preocupar porque os homens ainda não têm consciência, assim como muitas mulheres. Acredito que é importante a união de todos”.

Ligue 180

O Ligue 180 é a Central de Atendimento à Mulher, do Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos e recebe denúncias contra os casos de violência contra a mulher através do número e pelo e-mail ligue180@mdh.gov.br.

Quem sofre assédio também pode buscar uma delegacia especializada (DDM), com documento de identificação e todas as informações que tiver sobre o agressor, como foto e o número do documento, por exemplo. Em Nova Friburgo a delegacia especializada é a Deam, localizada ao lado da 151ª DP.


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