Cachoeiras de Macacu tem manifestação por agilidade em obra de escola interditada
Alunos da Escola Municipal Almerinda Ferreira de Almeida foram realocados em outra unidade e em uma igreja, onde estão tendo aula em rodízio
16/05/19 - 09:47
Cerca de 200 estudantes, professores e pais de alunos fizeram uma manifestação na quarta-feira, 15 de maio, em Cachoeiras de Macacu, Região Metropolitana, cobrando agilidade da Cedae na obra da Escola Municipal Almerinda Ferreira de Almeida, no distrito de Japuíba. A instituição atende 750 alunos do ensino fundamental e está interditada pela Defesa Civil desde 8 de abril, por causa do vazamento de um duto de água da concessionária, que estaria colocando em risco a estrutura da escola.
Segundo a diretora adjunta da unidade, Vera Ferreira, os alunos precisaram ser deslocados provisoriamente para o Colégio Estadual Baccoparó Martins e para o salão paroquial da Igreja Católica Sant’Anna, e estão estudando em sistema de rodízio por conta da falta de salas.
“No Colégio Baccoparó estão os alunos de 5° ano e do Educação de Jovens e Adultos - EJA, com horário normal. Mas os de ensino fundamental II estão na igreja Sant’Anna. O problema é que os alunos alocados lá estão estudando em sistema de rodízio e não estamos conseguindo dar todo o conteúdo necessário”, explica a diretora adjunta.
Ainda de acordo com Vera, a escola vai fazer 32 anos e foi construída ao lado da adutora da Cedae, e o problema de vazamento foi se agravando, principalmente em uma sala onde era a biblioteca, que precisou ser praticamente toda quebrada.
Segundo o secretário de Defesa Civil, Rodrigo Amaral, o laudo identificou que na obra de ampliação da escola, feita em 2001, foram construídos um laboratório de informática e uma quadra poliesportiva em cima de um duto da Cedae, que é uma caixa de inspeção.
“Verificamos que esse duto tinha um vazamento e que o turbilhão de água que corre ali o dia todo poderia causar algum tipo de colapso na estrutura da escola ou poderia arrebentar com a pressão que existe dentro do tubo. Então, preventivamente, tomei a decisão de interditar a escola. Com isso, a prefeitura pediu a suspensão das aulas e interditou o prédio. A Cedae já está providenciando o desvio desse duto. E, na próxima quinta-feira, a obra já deve ter início. Fizemos essa interdição como atitude preventiva para preservar vidas”, diz.
Em nota, a Cedae informou que esteve no local e realizou o reparo do vazamento e disse que a adutora foi instalada antes de qualquer construção no local. De qualquer maneira, a companhia irá iniciar uma obra para desviar a adutora da escola ainda este mês.
A redação do Portal Multiplix também entrou em contato com a Secretaria de Educação do município mas ainda não obteve retorno sobre o andamento das obras.
Pais e estudantes durante protesto em rua de Cachoeiras de Macacu | Foto: João Ferreira