Arrecadação de absorventes e cestas básicas em Nova Friburgo
Voluntários recolhem doações para mulheres e famílias em situação de vulnerabilidade
15/06/21 - 14:45
O Projeto Seja Fé, formado por jovens voluntários de Nova Friburgo, em parceria com a AMMA (Associação da Mulher Mastectomizada), o Projeto Frutos da Serra e a Associação das Mulheres, lançou a campanha de arrecadação de absorventes e cestas básicas que ocorrerá neste domingo, 20, na Vila Amélia, das 10h às 13h.
Cerca de 170 famílias, cadastradas pelo projeto, recebem há quatro meses auxílio e doações.
Além destas famílias, o projeto percorrerá bairros periféricos onde fará a distribuição de absorventes, entre eles Granja Spinelli e Alto do Floresta.
“Somos um grupo de amigos que resolveu se unir e ajudar às famílias nesse período difícil que estamos passando. Nós começamos levando doações de cesta básica, e hoje doamos também brinquedos, roupas de crianças e calçados. Temos atendimento psicológico e farmacêutico, junto a uma farmácia solidária. Já doamos mais de 6 toneladas de alimento. O grupo hoje soma 80 pessoas na corrente para arrecadação das doações”, diz Eduarda Silveira Borba, estudante de Serviço Social e uma das líderes do movimento.
O Projeto Seja Fé já atuou em parceria com o “Carnaval Solidário” como responsável pela distribuição das cestas básicas, no total de 3 toneladas de alimento arrecadados pelas escolas de samba de Nova Friburgo no mês de maio.
Mas não é só sobre a fome que o Projeto Seja Fé atua. Por incrível que pareça, muitas mulheres precisam da ajuda de coletivos feministas para ter um mínimo de dignidade. Um único absorvente, por exemplo, custa em torno de 50 centavos. Não é o artigo de higiene mais caro, mas, ainda assim, é um artigo de luxo para uma grande parcela das mulheres. As que vivem em situação de rua ou fazem parte das classes mais baixas, muitas vezes têm que recorrer a qualquer outro material para fazer às vezes de absorvente.
Segundo uma pesquisa da marca Sempre Livre, com mais de 9 mil participantes, 19% das mulheres entre 18 e 25 anos não têm acesso aos produtos por falta de dinheiro.
“A desigualdade social é uma realidade que, para muitos, passa despercebida. Porém, precisamos olhar para além de nós mesmos. Precisamos entender que essas doações mudam a rotina de uma família, de uma mãe que muitas vezes não tem o que oferecer ao filho. É de dignidade que estamos falando", finaliza Eduarda.