Aremac e ICMbio reforçam parceria para fazer ações integradas na Resexmar de Arraial do Cabo

A Associação da Reserva Extrativista Marinha de Arraial do Cabo (Aremac) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) traçaram nesta semana um protocolo de ações com o objetivo de garantir o cumprimento integral das regras de utilização da Reserva Extrativista Marinha do Arraial do Cabo (Resexmar-AC), na Região dos Lagos do Rio.

O principal objetivo é garantir a manutenção da ordem entre as atividades extrativistas e o turismo náutico, mantendo o equilíbrio de maneira sustentável.

O passeio de barco e o mergulho são atividades que atraem milhares de turistas todos os anos para o município. Embora seja um programa bastante procurado na alta temporada, a cidade recebe o público deste seguimento durante a baixa temporada. Esses serviços são realizados dentro da área de preservação.

Embarcações de pesca e individuais também são fiscalizadas, além das moto aquáticas.

“As duas instituições estão em comum acordo desde a criação da Resexmar-AC. Em primeiro lugar estará sempre a defesa das comunidades tradicionais de pescadores e das demais atividades extrativistas dentro da lâmina d’água de Arraial do Cabo, desde a Praia do Pontal até a localidade de Pernambuca, no limite com Araruama”, disse o presidente da Aremac, Eraldo Cunha.

A Aremac esclareceu ao Portal Multiplix que a instituição não tem ‘poder de polícia’, por isso, as ações de monitoramento são realizadas com o suporte do ICMBio e Marinha do Brasil, dependendo de cada caso.

Embarcações de pesca são fiscalizadas em toda a extensão da reserva | Foto: Divulgação/Aremac

O que é a Resexmar-AC?

A Resexmar-AC foi criada em 1997 para proteger a cultura tradicional da pesca artesanal da cidade. A área abrange um cinturão pesqueiro entre a praia de Massambaba, na localidade de Pernambuca, e a Praia do Pontal, no limite com Cabo Frio, incluindo a faixa marinha de três milhas da costa do município cabista.

A área total foi concedida pelo ICMBio à Aremac por meio de Contrato de Concessão ao Direito Real de Uso (CCDRU). Desta forma, devem ser fiscalizados pelos órgãos, os regulamentos específicos para a pesca, o mergulho, o turismo náutico e até mesmo o uso das praias e das ilhas pelos banhistas.

A ilha do Farol e as Prainhas do Pontal do Atalaia, dois pontos turísticos procurados por pessoas do mundo inteiro, ficam dentro desta área de proteção.

Monitoramento da área

No mar, o monitoramento é realizado pelas lanchas das duas instituições, e por terra os agentes são posicionados em locais estratégicos. Recentemente, as equipes estão testando o uso da tecnologia de drones no sobrevoo da área da Reserva Extrativista. O projeto está em fase experimental.

As ações não acontecem em horários específicos e não seguem um padrão, justamente para que os eventuais infratores não sejam alertados. A fiscalização é realizada ao longo do dia e, conforme a demanda de denúncias recebidas, também à noite.

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