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Compartilhar objetos pessoais pode disseminar vírus e bactérias

Atenção deve ser redobrada não apenas por causa da pandemia da Covid-19

Por Isadora Jaron
27/11/20 - 11:46
Compartilhar objetos pessoais pode disseminar vírus e bactérias Pele e mucosas podem ter microorganismos que causam doenças | Foto: Banco de Imagem

Quem nunca compartilhou fones de ouvido, batom, maquiagem, pinças e outros objetos pessoais com um parente ou colega? Pois é. Em tempos de pandemia do novo coronavírus, as atenções devem ser ainda maiores com o empréstimo de alguns itens.

Nas Eleições Municipais 2020, por exemplo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) orienta que população leve a própria caneta para assinar o livro de presença.

Na pandemia da Covid-19, as pessoas reaprenderam que a higienização é o principal fator para evitar a disseminação de vírus e bactérias. Além disso, fazer o distanciamento social e usar as máscaras de proteção também previnem contra doenças.

De acordo com a infectologista e médica responsável pelo Serviço de Controle de Infecção do Hospital Santa Teresa, de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, Dra. Denise Marangoni, devemos ficar atentos sempre.

“Em tempos da pandemia da Covid-19, a maior atenção é para evitar a disseminação do novo coronavírus que pode ser transmitido principalmente de duas maneiras: diretamente de pessoa a pessoa, por via respiratória, e através de contato das mãos, com superfícies e objetos contaminados pelas mãos ou objetos de outra pessoa. Uma vez contaminadas as mãos, se forem levadas à boca, olhos e nariz, podem provocar a doença. Daí, a importância do uso de máscara, distanciamento entre as pessoas e uso frequente de álcool nas mãos, já que o novo coronavírus é muito sensível aos antissépticos como o álcool e aos desinfetantes em geral”, explicou.

A médica ainda destaca que são essas medidas que constituem a principal maneira de proteção individual e coletiva, enquanto o mundo aguarda a liberação das vacinas.

“São medidas que sempre foram importantes para a prevenção de doenças causadas por outros vírus, como o da gripe (Influenza) e os Citomegalovírus (Herpes-vírus), além de bactérias. A expectativa é que o hábito da higienização frequente das mãos com álcool a 70% ou lavando com água e sabão permaneçam como um ganho, em meio a tantas desgraças trazidas pela pandemia”, frisou.

Mas com relação aos objetos pessoais que são compartilhados. Será que é preciso mesmo se preocupar na hora de emprestar itens como toalhas, pinças, batom, roupa íntima e fones de ouvido?

“Por causa do contato com esses objetos, por ventura contaminados por microrganismos que possam ser transmitidos pelo contato, como é o caso do novo coronavírus, e de uma bactéria muito comum na população que é o Staphylococcus aureus, que provoca desde infecções leves e moderadas como furunculose, foliculite, celulite, infecção em ferimentos, até quadros muito graves como pneumonia, endocardite e infecção disseminada, entre outras. Outra bactéria comum na população é Streptococcus betahemolitico que provoca amigdalite e impetigo, frequentes nas crianças, além de erisipela, celulite e infecções em ferimentos”, destacou a Dra. Denise.

No passado, era comum as famílias e até as escolas ensinarem regras de etiquetas para as crianças. Lavar as mãos antes das refeições, não compartilhar objetos e etc. Os hábitos foram mudando e, hoje em dia, o descaso com a higiene e a saúde acabam provocando muitas mortes, principalmente agora com o novo coronavírus. A médica enaltece que é preciso mudar para se proteger.

“Tanto para proteção individual quanto coletiva, esta última tão menosprezada com o prolongamento da pandemia. As pessoas, cansadas pelo confinamento ou por descompromisso com o coletivo, deixam de se proteger e expõem outras pessoas que se contaminam e contaminam outras mais. O novo coronavírus é muito contagioso e letal para muitas pessoas. A proteção mútua é uma obrigação e um exercício de humanidade para todos nós. Infelizmente, o descaso está causando a nova elevação do número de mortes e de infecções pelo novo coronavírus que estamos acompanhando atualmente no mundo. Este vírus não pode ser desafiado desta maneira, é muito agressivo”, afirma.

Entre os objetos que não devemos compartilhar estão:

  • Escova de dentes e batom:

“A boca, principalmente nos sulcos entre a gengiva e os dentes, é povoada por um número enorme de microrganismos comuns a todas as pessoas, mas que pode ser maior e conter microrganismos diferenciados devido à má higiene, por exemplo. Em outras situações, a boca pode conter bactérias incomuns, transitórias, que podem causar doenças como meningoencefalite, pneumonia e o próprio coronavírus”, explica a médica.

  • Toalhas e fone de ouvidos:

“Assim como a boca, toda a nossa pele e mucosas (ocular, nasal, uretral, vaginal, anal) é povoada por microrganismos comuns a todas as pessoas, que geralmente não são agressivas, mas também podem conter outros microrganismos (vírus, bactérias, fungos, parasitas) que podem causar doenças. Escabiose, muito conhecida como sarna, é um exemplo”, frisou a Dra. Denise.

  • Roupas íntimas:

“Especialmente da região perineal podem estar contaminadas por uma série de organismos, incluindo fungos, vermes e agentes causadores de doenças sexualmente transmitidas”, finalizou.

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